O mês de junho foi marcado por um acontecimento extremamente relevante para inúmeros investidores de todo o país.
A Oi, uma das grandes empresas de telecomunicação brasileiras, deu entrada com o maior pedido de recuperação judicial já visto na história do Brasil, fato este que alterou consideravelmente inúmeras estratégias utilizadas pelos que visam investir no cenário atual.
Visando continuar operante, o pedido foi realizado no dia 20/06/2016 pela empresa que soma uma dívida de aproximados R$ 65,4 bilhões para diferentes credores. O pedido contará com o plano de pagamento, os respectivos prazos, pedidos de desconto, oferta de bens para quitar diferentes partes da dívida, previsões do fluxo de caixa do grupo, além de medidas que visam cortes de gastos e de pessoal da empresa.
Inicialmente, para seus clientes, as operações e atividades não são afetadas pelo processo. A Anatel certificou que a empresa possui caixa disponível suficiente para manter a normalidade em suas operações. Por outro lado, sob a ótica dos acionistas a história é bem diferente: todas as novidades desse longo processo trazem rápidas respostas aos seus respectivos investidores.
Toda essa situação gerou forte impacto sobre o valor de suas ações. A ação judicial da empresa gerou uma acentuada queda no preço dos ativos após o anúncio. Um dia depois, as ações preferenciais (OIBR4 (SA:OIBR4)) enfrentaram uma redução de 18,18% no seu preço, enquanto as ações ordinárias da empresa caíram 8,73%.
Entretanto, desde o pedido oficial, os papeis da empresa vêm se valorizando, inclusive conseguiram fechar a semana do anúncio em alta. Uma série de notícias que envolvem a empresa melhoraram o ânimo de investidores que viram essa queda como surgimento de novas oportunidades.
- Naquela semana, o Tribunal Federal de Falências do Distrito Sul de Nova York aceitou o pedido que havia sido enviado pela empresa para impedir que credores pudessem iniciar ações contra os bens do grupo localizados nos EUA.
- Outra novidade que fez o cenário da empresa se tornar mais otimista foi uma perspectiva favorável vinda do governo no que diz respeito da aceitação do pedido que bens transferidos à empresa sejam contados como patrimônio, o que incentiva novos investimentos, inclusive estrangeiros.
Essas mudanças trouxeram possíveis investidores para o grupo, a adição de capital pode resultar em uma maior força nas negociações que a empresa enfrentará diariamente. É claro que ainda falta muito a acontecer, então, se procura por possibilidades de investimento nesta e qualquer outra empresa da nossa Bolsa de Valores, não deixe de se informar.