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Sem Expectativas Novas, Tudo Segue com Enormes Incertezas

Publicado 05.11.2014, 07:32

Parece que há uma série de notícias ruins represadas desde antes das eleições, que agora vai se tornando realidade dia após dia, agravando o quadro de incertezas, já que nada ocorre de efetivo proporcionando expectativas novas.

Tivemos o choque provocado pelo desalentador resultado da política fiscal em setembro, deixando o país à mercê dos critérios das agências de rating que podem aplicar ao país um “downgrade”, que seria desastroso ante a necessidade premente do mesmo “colocar-se de pé” e, desta vez, com enorme dependência de investimentos nacionais e estrangeiros para sair do crescimento quase negativo do PIB, segundo as projeções mais consideradas e mais recentes, já que o modelo estimulante ao consumo já não responde mais há 4 anos como fator de estimulo ao crescimento.

A solução criativa será reduzir a meta por decreto, livrar-se do descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, e tudo bem.

A indústria confirma as projeções de retração, agregando negativos 0,2% em setembro, confirmando o sentimento de que foi duramente atingida principalmente pelo preço depreciado do dólar, posto à serviço do controle inflacionário aquecido, afora outros problemas do “custo Brasil”.

A balança comercial registrou em outubro saldo negativo de US$ 1,87 Bi, o pior outubro em 16 anos.

Temos agora o reajuste da gasolina na pauta, pronta para corroer a renda de forma direta no posto e indireta pela disseminação na forma de inflação pelos preços da economia. Mas necessário desde muito, tendo sido protelado.

A retração de consumo de bens supérfluos reflete a perda de renda real da população. Em relatórios referentes ao terceiro trimestre, Coca-Cola, Ambev, Natura, Avon, Via Varejo e Unilever registraram recuo nas vendas ou taxas modestas de crescimento. Isto é evidência de retração do consumo com a população de baixa renda reduzindo consumo de bens que passara a consumir a não muito tempo.

A inflação e a corrosão da renda logo trará o sentimento de que terá que ocorrer reposição da perda salarial, seja renda oriunda do trabalho ou mesmo dos programas sociais. E, o consumo será afetado sobrando mês no salário de cada cidadão.

E na ponta desta sequência de notícias e fatos ruins, segue firme e crescente a incerteza sobre o que será feito para retirar o país deste estado de deterioração em que se encontra, sem tração para o crescimento.

O preço da moeda americana já atingiu R$ 2,52 e tem causas e motivos para atingir no curto prazo os R$ 2,60, como já preconizamos anteriormente mesmo quando o preço se insinuou numa depreciação absolutamente insustentável.

Hoje teremos a divulgação do fluxo cambial e será desalentador se agora revelar resultado muito dispare do que vinha revelando.

Ao mesmo tempo, sentimos um governo acuado, silencioso, sem atitudes para pelo menos conter as incertezas presentes. Faz-se necessária uma atitude por parte do governo atual como perspectiva para o novo, pois o silêncio neste caso é a pior mensagem.


A impressão que vem predominando no mercado é que a Presidenta Dilma está encontrando enorme dificuldade para compor a sua nova equipe econômica e formular um programa de governo capaz de criar a expectativa que possa reverter o quadro caótico da economia do país com motivação aos investidores.

Seja qual for o novo nome do Ministro da Fazenda não deve ensejar entusiasmos exacerbados se do agrado do mercado, pois o desafio é grandioso e a trajetória reversiva exigirá atitudes fortes, firmes e pouco simpáticas, sem o que não haverá sucesso ou minimamente um bom resultado.

O Brasil está na situação atual por sua ordem e conta, não sendo razoável atribuir-se à crise externa as causas. Afinal, quem se fez frágil foi o próprio país e somos vitima desta fragilidade que tornou o país pouco atrativo aos investidores.

O câmbio é o ativo mais sensível à captação de tendências ruins na economia, e neste momento reafirma este papel e certamente vai afetar as pressões inflacionárias. Até recentemente esteve fortemente contido pela intervenção do BC com os instrumentos financeiros “swaps cambiais” que tinham poder de influência maior do que na atualidade.


Não dá mais para comprar a credibilidade da moeda com os “swaps cambiais” que garantiram o preço da moeda ante a falta de credibilidade.


Agora, será necessário algo muito maior e consistente do que isto. Programa econômico, disciplina fiscal, contenção de gastos para que sobrem recursos para investimentos e seja fator de contenção de inflação, dólar com preço justo e não utilizado para conter pressões inflacionárias, etc.


Afinal, como já dissemos, o câmbio é o ativo mais sensível e o seu preço futuro será consequência do que for feito ou não for feito na economia para reverter o quadro atual.

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