Após uma semana agitada com relação a juros no Brasil e nos EUA, vamos à agenda desta semana.
Por aqui, dados de inflação IPCA-15, IGPM e IPC-Fipe, dados de emprego e a ata do Copom (da decisão não-unânime de manter estável em 13,75% a nossa Selic). Também nesta semana teremos o presidente do Banco central, Roberto Campos Neto, apresentando o relatório trimestral da inflação. E para fechar a semana, a Ptax na sexta-feira. Atenção especial à volatilidade no câmbio, por ser fechamento de mês e de trimestre.
E no domingo, o primeiro turno da votação para presidente do Brasil, e esta disputa tende a deixar o mercado mais agitado também.
Na agenda americana da semana, teremos falas dos dirigentes do Fed todos os dias, com especial atenção para amanhã e a fala de Jerome Powell, e vamos ver o que ele dirá sobre a inflação por lá. Além disso, veremos a confiança do consumidor. PIB e inflação oficial americana sairão na sexta.
Na Europa, vamos ter falas de membros do banco central da Inglaterra. O mercado aposta em alta de 1% nos juros por lá. Também conheceremos a inflação ao consumidor na zona do euro nesta semana, e pelo andar da carruagem, estamos vendo o euro derreter frente ao dólar.
Na China, quinta veremos os PMI e o arrefecimento dos Lockdowns.
E atenção as falas de Putin e as ameaças nucleares, que acrescentam tensão ao cenário mundial.
A degringolada da economia europeia, atestada por leitura decepcionante indicadores econômicos, e a perspectiva de aperto monetário mais intenso e forte nos Estados Unidos fizerem o dólar encerrar a semana cotado a R$ 5,2485.
Na minha opinião estamos com juros altos e atrativos no Brasil, a economia está crescendo e temos revisão de PIB para cima. Do outro lado, tem a possibilidade de mais queda de commodities e recessão mundial, ameaças nucleares e um Fed que vai fazer o que for necessário para conter a inflação, o que significa apertar as condições financeiras até que a economia desacelere e o mercado de trabalho esfrie.
Vamos ver nesta semana, cheia de indicadores e Ptax, qual será o comportamento da moeda norte americana.
Bons negócios a todos!