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Semana Tem Foco na Crise na Turquia, Eleições, Debate, Serviços, IBC-Br e Balanços

Publicado 13.08.2018, 07:00
Atualizado 09.07.2023, 07:32

A crise na Turquia, que fez o Índice Bovespa voltar para os 76 mil pontos na sexta-feira, espalhando-se para a Europa e para os países emergentes, juntamente com as expectativas diante das eleições, com mais um debate entre os candidatos à Presidência da República marcado para o dia 17 (RedeTV!/IstoÉ), e a divulgação de novas pesquisas eleitorais — que já podem sinalizar os efeitos do confronto na televisão sobre as intenções de voto — devem dar o tom ao mercado na semana. No Congresso, o ritmo é lento pois a maioria dos parlamentares já está se movimentando para tentar e reeleição ou trabalhar pelo seu candidato a governador ou a presidente.

A agenda econômica local destaca a divulgação, entre terça e quarta-feira, da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) e do Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br), ambos relativos a junho. Já nesta segunda-feira, o Boletim Focus traz as estimativas para as principais variáveis econômicas e, entre quarta e quinta-feira, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) apresenta o IGP-10 (Índice Geral de Preços – 10) relativo a agosto e o IPC-S (Índice de Precos ao Consumidor Semanal).

Ao longo da semana, segue ainda a temporada de balanços, que vai entrando em sua reta final, trazendo resultados do segundo trimestre de companhias como Eletrobrás, Light (SA:LIGT3), Cemig (SA:CMIG4), CPFL (SA:CPFE3), JBS (SA:JBSS3), Marfrig (SA:MRFG3), Kroton (SA:KROT3) e Estácio (SA:ESTC3), entre outras.

Tensões geopolíticas e comerciais agitam mercados de risco e pressionam emergentes

No cenário externo, analistas de bancos e consultorias destacam que as atenções seguirão voltadas principalmente para as tensões geopolíticas e comerciais, que têm produzido, entre outros efeitos, pressão sobre os ativos de risco e os mercados emergentes. Neste fim de semana, o presidente turco Recep Erdogan acusou o presidente americano Donald Trump de “tentar colocar a Turquia de joelhos por causa de um pastor”. Trump ameaçou dobrar as tarifas de importação de alumínio e aço do país para forçar a libertação de um pastor americano, Andrew Brunson, preso há dois anos sob acusação de incitar o terrorismo ao apoiar o Partido dos Trabalhadores do Curdistão.

A ameaça de Trump desestabiliza ainda mais a economia turca, que já enfrenta a forte desvalorização da lira que vai agravar ainda mais a inflação de 15% ao ano do país. O receio é com o impacto da crise nos bancos europeus, que têm mais de US$ 120 bilhões emprestados para a Turquia, que quase entrou para a União Europeia. O país é também um parceiro estratégico na região, ao servir de apoio para os conflitos na Síria e no Oriente Médio, e uma crise mais forte teria desdobramentos não só econômicos para a Europa e para os próprios americanos.

De olho na crise da Turquia e na tarifação do aço e alumínio pelos EUA

A semana passada, lembram os analistas do Banco Votoratim, foi marcada por uma piora expressiva da percepção de risco em relação aos mercados emergentes, especialmente Rússia e Turquia, mas também o Brasil. “A busca por segurança levou ao fortalecimento do dólar contra as demais moedas e à queda dos juros das treasuries (papéis de 10 anos do Tesouro dos Estados Unidos)”, dizem os economistas do banco em relatório. Localmente, destacam, as eleições continuaram sendo o foco de atenção, ainda que sem mudanças significativas no quadro eleitoral, enquanto a agenda econômica trouxe dados de inflação e vendas no varejo, mostrando que o impacto da greve nos transportes, ainda que temporário, terá efeito negativo sobre os resultados neste ano.

Também a equipe do BB Investimentos ressalta o tombo expressivo no mercado de renda variável brasileiro, derivado principalmente de expectativa de contágio do agravamento da crise econômica na Turquia sobre ativos de países emergentes. O clima no país euro-asiático, lembram, que já vinha sensível devido à recente escalada inflacionária, azedou de vez por conta do anúncio da duplicação de tarifas sobre aço e alumínio por parte dos EUA e, com isso, o estresse passou a ser generalizado, com a lira turca recuando 15% ante o dólar na sessão.

Investidores operaram de forma defensiva ao longo da semana

“No Brasil, os reflexos do incremento ao risco foram significativos, e ainda contaram com a interpretação do primeiro debate presidencial, ocorrido na noite anterior, que foi considerado morno, sem o destaque contundente de nenhum candidato sobre outro capaz de fazer a balança pender para quaisquer definições”, analisam os economistas do BB (SA:BBAS3). “Com isso, os investidores operaram na defensiva, observando o turbilhão vindo da Turquia, desfazendo posições no mercado de renda variável e imprimindo alta do dólar frente ao real, bem como prêmio adicional nos juros.”

A semana passada foi de grande tensão dos investidores nos mercados de risco não apenas no Brasil, mas em todo o mundo, diz o economista-chefe da corretora Modalmais, Álvaro Bandeira. “Seguem preocupando as relações comerciais entre países, com a implantação de tarifas de importação pelos EUA, notadamente as disputas entre EUA e China, mas já afetando países da Europa, como a importante Alemanha”, enfatiza Bandeira.

Ibovespa: torcida para não perder patamar de 76.000 pontos

No Brasil, diz o economista, o clima político se intensificou a partir do final de semana anterior, com as convenções partidárias e escolha de candidatos, mas assim como outros mercados, também foi contaminado pelos problemas na Turquia. O índice Bovespa, diz, foi “atropelado” pela preocupação com a Turquia. Para Bandeira, a torcida agora é para o mercado não perder o suporte de 76.000/75.400 pontos, que levaria a novas quedas, avalia, utilizando a análise técnica, que tenta prever os movimentos do mercado a partir dos gráficos do passado.

Aos poucos, acredita o economista, com o auxílio das pesquisas, os agentes do mercado vão conseguir formar o quadro do segundo turno da eleição no Brasil. E talvez, diante dos programas de governo dos dois candidatos mais prováveis, com a percepção de como serão feitas reformas, possam, a partir desse momento, formatar uma postura de investimentos mais agressiva ou não.

Oportunidades no estresse

“De nossa parte, seguimos afirmando que é nesses momentos de estresse que surgem as oportunidades de obtenção de ganhos extraordinários”, diz Bandeira. Destaca, porém, que “a aprovação de reformas profundas e a rapidez de votação e implantação vão determinar a percepção dos investidores locais e estrangeiros interessados em Brasil”.

Agenda destaca dados da indústria e varejo da China e dos EUA

Na agenda econômica internacional, analistas enfatizam a divulgação de indicadores da indústria e varejo na China e EUA e, ainda nos EUA, os dados do indicador de confiança pela Universidade de Michigan. Na Europa, serão conhecidos os números de inflação no Reino Unido e a revisão do PIB do segundo trimestre na zona do euro.

Na política, encerramento do registro das candidaturas e coligações

O encerramento do registro das candidaturas à presidência da República e coligações, o início da campanha eleitoral de rua e na internet e o segundo debate dos presidenciáveis, na RedeTV (17/8), estão no centro da agenda da semana.

Atenções voltadas para situação do PT; MST programa caminhada a Brasília

O registro das candidaturas encerra na quarta-feira, 15/8, e as atenções estão voltadas principalmente para o PT, podendo tornar o ambiente tenso. A sigla vai ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) registrar a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde abril em Curitiba, com a previsão de manifestações em favor da libertação do ex-presidente. O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) deve organizar uma caminhada até Brasília para acompanhar o registro.

Campanha eleitoral começa na quinta-feira, dia 16

A quinta-feira, 16/8, marca o início da campanha eleitoral, segundo calendário divulgado pelo TSE, com os candidatos e partidos podendo participar de comícios, carreatas e fazer propaganda política na internet. No dia seguinte, 17/8, será realizado o segundo debate, que deve ter repercussão no final de semana. A expectativa se deve às repercussões nas redes sociais do debate da BAND, que reproduziram pronunciamentos polêmicos e perguntas entre os candidatos.

Reajuste do Supremo cria preocupação fiscal

Embora não tenha reflexo direto na disputa, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de incluir no Orçamento de 2019 a previsão de reajuste salarial de 16% para os ministros cria preocupação e ganha os holofotes, por conta do impacto sobre as contas públicas. O possível aumento desgasta ainda mais a imagem do Judiciário em razão de seus privilégios, destacando-se o auxílio-moradia pago a juízes. A estimativa é que o reajuste terá um impacto anual de R$ 4 bilhões.

Bradesco (SA:BBDC4) vê ritmo gradual de recuperação na atividade doméstica

Para os economistas do Departamentos de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depec) do Bradesco, os dados do IBC-BR e da pesquisa de serviços, referentes a junho, devem “reforçar o ritmo gradual de recuperação da atividade doméstica observado no segundo trimestre, já apontado pela indústria e pelo varejo”. Já as informações sobre atividade da China e EUA, referentes a julho, “serão relevantes para identificar os efeitos da guerra comercial, principalmente na indústria desses países”.

Reta final dos balanços

Termina nesta semana o prazo para as empresas apresentarem seus balanços do segundo trimestre. Nesta segunda-feira, antes da abertura, devem divulgar seus dados a Oi (SA:OIBR4), em recuperação judicial, São martinho, Metal Leve (SA:LEVE3) e Direcional (SA:DIRR3). Depois do fechamento, saem M. Dias Branco (SA:MDIA3) e Eletrobras (SA:ELET3). Sem horário definido, Bradespar (SA:BRAP4) divulga seus números.

Na terça-feira, antes da abertura, saem os dados de Ferbasa (SA:FESA4), Marfrig, Cesp (SA:CESP6), Estácio, Kroton, Qualicorp (SA:QUAL3), CCR (SA:CCRO3), Copel (SA:CPLE6) e Banrisul (SA:BRSR6). Depois do fechamento, Ânima divulga seu balanço.

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