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Sinais Assimétricos do Governo e Política Voltam a Impactar no Câmbio

Publicado 13.03.2015, 08:27

O governo via COPOM deixou evidente que não vê mais a inflação iniciando trajetória de queda em 2015. Não disse, mas quem sabe nem em 2016.

Os reflexos do reajuste dos preços administrados de forma inimaginável, desvalorização cambial forte corretiva de represamento intenso na ultima década e com tendência de evolução face à insuficiência de ingresso de fundos externos positivo em volume intenso, ajuste consequente dos preços relativos de toda economia, enfim um quadro sugestivo para que o país entre em recessão quando precisa de uma economia contributiva de tributos para que consolide o superávit primário mínimo de 1,2% neste ano de 2015.

Até onde irá a inflação não se sabe, mas certo é que a SELIC irá atrás para tentar mitigar índices explosivos. Para 2015 já se vislumbra a inflação pelo IPCA entre 8% a 9%.

O COPOM deixou claro que não vê trégua para a inflação, mas foi omisso sobre considerações em torno do preço da moeda americana, agora forte propulsora da inflação.

O BACEN emite sinais inoportunos quanto à continuidade ou não do programa de intervenção no câmbio com os instrumentos financeiros denominados “swaps cambiais”, quando deveria manter-se fiel ao compromisso do programa até 31 de março próximo e desta forma não contribuir para a volatilidade imediata.

A rigor, muito embora muito ventilada por inúmeros analistas, o BACEN não tem condições de desmontar o programa de intervenção com swaps, na pior hipótese precisará mantê-lo, rolando no mínimo o estoque em poder do mercado.

Quando empresas saem do país com seus recursos sem que haja fluxo suficiente, ocorre uma baixa no hedge que tinham ativos no mercado futuro, mas os bancos que vendem os dólares para saída ampliam suas posições vendidas e passam a ter necessidade do hedge.

Para poder reduzir gradativamente o país precisará recuperar fluxo positivo sustentável para que os bancos não precisem ampliar suas posições vendidas e, portanto não demandem hedge, ocorrendo então uma efetiva baixa do hedge no mercado futuro dos montantes que estariam saindo do país. Mas a redução teria de ser monitorada e não programática.

O fluxo atual positivo não tende a ser sustentável e deverá reverter-se a negativo no curto prazo.

Com este sentimento de certo abatimento do COPOM ante a inflação crescente e certo desdém em relação ao dólar e sua tendência e demonstrando até alguma insegurança evitando falar do câmbio de forma mais focada, optando pelo silêncio, os sinais ficam absolutamente assimétricos e na dúvida as empresas ampliam a demanda por proteção de ativos indo até os não costumeiramente protegidos e surge grande brecha para a especulação.

Adicionalmente há o problema político que revela antagonismo entre a própria base de apoio ao governo e o próprio governo, e cria muita insegurança quanto à viabilização das medidas corretivas na economia e na política fiscal.

Desta forma, devidamente orquestrada por movimentos especulativos presentes no nosso mercado, absolutamente descolados dos fatores externos como ficou evidente ontem, dólar subindo aqui e caindo no exterior, o preço da moeda americana voltou a atingir sua máxima, e que ninguém duvide que em algum momento ocorra um movimento reversivo rápido.

Mas, este é um péssimo sinal, pois se o governo insinuar que vai fazer oferta menor do que as posições vincendas de swaps poderá ocorrer um movimento especulativo mais intenso e a taxa cambial poderá atingir níveis preocupantes num cenário em que o BACEN não dispõe de instrumentos de contenção suficientes, já que já colocou US$ 115,0 Bi de swaps cambiais no mercado.

E se houver uma intensificação de saídas efetivas de recursos do país, os bancos que vem suprindo a liquidez do mercado à vista com algo em torno de US$ 20,0 Bi e poderá ser necessário que o BACEN venda dólares diretamente ao mercado para atender a demanda.

Qualquer sinal que evidencie fragilidade poderá provocar reações rápidas e fortes e poderão acarretar problemas maiores do que a simples alta do preço da moeda americana, considerando que o risco cambial do país é praticamente o triplo das reservas cambiais, e assim uma pequena parcela que deixe o país poderá ter impacto relevante.

O Brasil convive com o risco de perda do grau de investimento, que provocaria efeitos negativos ao país de enorme relevância, e, também o de mudança da politica monetária americana que pode provocar deslocamentos importantes de recursos aqui aplicados para o mercado americano.

O câmbio tende a ser um grande perturbador da dinâmica gestora do governo visando reconduzir o país à retomada da atividade econômica, pois volátil será pouco contributivo, mas causará impactos relevantes negativos.

Como temos salientado não é sensato querer precificar o incerto, por maior que sejam os fatores adversos que se vislumbrem no momento.

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