Soja: Preços do grão seguem firmes; derivados recuam

Publicado 16.06.2025, 09:29
Atualizado 16.06.2025, 09:29

Os preços da soja em grão seguem firmes no mercado brasileiro, apontam levantamentos do Cepea. Pesquisadores explicam que, em meio ao cenário de oferta abundante, a demanda externa aquecida vem garantindo suporte às cotações. Já os valores do farelo e do óleo de soja estão em queda, conforme o Centro de Pesquisas. A desvalorização do óleo de soja está atrelada à baixa procura interna, sobretudo por parte do setor de biodiesel. Quanto ao farelo, das 32 regiões acompanhadas pelo Cepea, 16 registram os menores preços desde setembro/17, em termos reais. A Conab reajustou, na semana passada, a produção nacional de soja da safra 2024/25 para 169,6 milhões de toneladas, 0,75% a mais que o estimado em maio e um recorde. O volume indicado pela Companhia é similar às 169 milhões de toneladas projetadas pelo USDA.

MILHO: Previsões de oferta elevada mantêm preços em queda

Levantamentos do Cepea mostram que os preços do milho seguem em queda. De acordo com o Centro de Pesquisas, as boas condições climáticas durante o desenvolvimento da segunda safra no Brasil reforçam as expectativas de produção volumosa na temporada 2024/25 e, consequentemente, a pressão sobre as cotações. Na última semana, a Conab apontou reajustes positivos nas estimativas de colheita. A produção brasileira é projetada em 128,25 milhões de toneladas, 1,37 milhão de toneladas acima da estimativa de maio. Para a segunda safra, o volume deve atingir 101 milhões de toneladas, ante as 99,8 milhões de toneladas divulgadas em maio, 12% superior ao da temporada anterior e, ainda, a segunda maior produção da série história da Conab.

FEIJÃO: Valores apresentam movimentos distintos

Os preços dos feijões apresentam movimentos distintos, com as variações sendo influenciadas especialmente pela qualidade do grão. Segundo pesquisadores do Cepea, os valores dos feijões de maior qualidade estão firmes em várias praças, sustentados pela oferta limitada de grão com bom padrão. Já os preços dos feijões comerciais estão em queda, pressionados pelo maior volume disponível, sobretudo de lotes de menor qualidade. Em relatório divulgado neste mês, a Conab indica que a safra brasileira 2024/25 de feijão deve somar 3,17 milhões de toneladas, queda de 0,8% frente à anterior. A primeira safra, já concluída, teve produção 12,8% maior que a anterior e somou 1,06 milhão de toneladas. A segunda safra, em andamento, deve ser 7,3% menor, devendo totalizar também 1,36 milhão de toneladas. Já a terceira safra, que avança nas regiões irrigadas, está estimada pela Conab para ser 5,1% inferior, com a colheita projetada em 749,6 mil toneladas.

MANDIOCA: Com vendas em queda, estoques são os maiores desde out/23

Levantamentos do Cepea mostram que a última semana foi de lentidão no mercado de fécula de mandioca, com negócios pontuais e envolvendo menores quantidades, destinados principalmente aos segmentos de massas e panificação e alguns varejistas da região Centro-Sul. Com a produção do 1º quadrimestre tendo ficado 5,1% acima da de igual período do ano passado, houve acúmulo de estoques nas fecularias e modificadoras. Segundo dados do Cepea, na última semana, o total estocado cresceu 2,9%, superando em 39% o de intervalo equivalente de 2024 e sendo o mais alto desde outubro de 2023. Pesquisadores explicam que a maior lentidão tem ocorrido para as vendas no varejo, que, conforme dados do IBGE, caíram 0,4% em maio, após três meses de aumentos consecutivos. No comércio varejista ampliado, que inclui o atacado de alimentos e bebidas, a queda mensal foi de 1,9%. Esse cenário passou a pressionar as cotações da fécula; conforme levantamentos do Cepea, a média semanal a prazo para a tonelada (FOB fecularia) foi de R$ 3.114,69 (R$ 77,87/saca de 25 kg), baixa de 0,1% em relação ao período anterior. Na parcial mensal, o recuo é de 1,6% frente à média de maio.

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