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SUÍNOS: Em Meio à Pandemia, Setor é Marcado por Preço, Abate e Rmbarque Recordes

Publicado 27.01.2021, 12:00
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A pandemia de covid-19 trouxe para a suinocultura brasileira um cenário de incertezas e de muitos desafios em 2020. Depois de caírem com força entre março e abril, os valores tanto do suíno vivo quanto da carne iniciaram um movimento de recuperação em todas as praças acompanhadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP), atingindo recordes reais em setembro. As exportações e os abates também foram recordes.

Os preços do suíno vivo e da carne registraram quedas acentuadas entre meados de março e abril, período em que as recomendações de distanciamento social e decretos municipais e estaduais impactaram significativamente a demanda por produtos suinícolas. Enquanto o mercado de carne apresentou baixa liquidez, diante de restaurantes e de outros serviços de alimentação fechados e/ou trabalhando de forma parcial, a indústria acumulou estoques, e a demanda por novos lotes de animais para abate ficou menor. 

Já em maio, o mercado nacional de suínos voltou a se aquecer, impulsionado pelas exportações brasileiras da proteína, que bateram recorde (101,1 mil toneladas, segundo a Secex) e pelo aumento da procura interna. Nos meses seguintes, os embarques seguiram registrando bom desempenho. A China seguiu sendo o maior destino da carne, o que vem sendo observado desde março/2019. De janeiro a novembro de 2020, o país foi destino de 50,4% dos embarques nacionais da proteína suína, o equivalente a 468,6 mil toneladas, aumento de expressivos 115% frente ao mesmo período de 2019, segundo dados da Secex.

Considerando-se o total dos embarques, foram exportadas 901,1 mil toneladas de carne suína in natura na soma de 2020, um recorde. E o setor exportador também foi favorecido pelo câmbio. A receita com as vendas somou R$ 11,02 bilhões de janeiro a dezembro, 90,5% acima da obtida em 2019 e também recorde.

No mercado interno, o auxílio emergencial do governo federal e a gradativa retomada das atividades econômicas, assim como a alta nos preços da carne bovina, impulsionaram as vendas da proteína suína e, consequentemente, as do animal vivo.

Nesse contexto, os preços internos do vivo e da carne disparam, atingindo, em setembro, recordes reais em todas as praças acompanhadas pelo Cepea e renovando as máximas nos meses seguintes. No Oeste Catarinense, o animal chegou a ser negociado a R$ 9,70/kg em novembro, o valor mais alto dentre as regiões.

Apesar da menor oferta de animais para abate em determinados momentos, especialmente em setembro, dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia) indicam produção recorde de suínos de janeiro a setembro de 2020, totalizando 36,8 milhões de animais abatidos.

Mesmo com o bom desempenho das exportações e com os preços recordes registrados em parte do ano, o poder de compra do suinocultor frente aos insumos da alimentação recuou frente a 2019. Isso porque os valores do milho e do farelo subiram ainda com mais força em 2020, prejudicando as margens do produtor, especialmente no encerramento do ano.

Considerando-se o milho comercializado no mercado de lotes da região do Indicador de Campinas (SP) e o suíno negociado na praça de SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), foi possível ao suinocultor adquirir 6,62 quilos do cereal com a venda de um quilo de animal na média de 2020. A quantidade é 9,9% menor que a média de 2019.

Frente ao farelo de soja comercializado em Campinas, foi possível ao suinocultor a compra de 3,45 quilos do derivado com a venda de um quilo de animal vivo na média de 2020, queda de 10,7% na comparação com 2019.

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