Chegou a super quarta-feira, repleta de indicadores econômicos relevantes e balanços corporativos de peso, com obvio destaque às decisões de juros tanto aqui, quanto nos EUA.
Os cortes já contratados de 25 bp pelo FOMC e de 50 bp pelo COPOM passam agora por uma série de desafios, que vão desde as pressões do mercado financeiro por um aprofundamento dos ciclos de afrouxamento, de modo a combinar com as diversas posições adotadas nas curvas de juros, como a tentar reduzir pressões presidenciais por sob a autoridade monetária.
O Federal Reserve já iniciou o processo de sinalização de pausa na sua comunicação, afinal, as mudanças de paradigma macroeconômicos nos EUA necessita de um período de observação para entender os rumos reais do que se tem adotado como política de juros.
Trump obviamente não se conforma com tal pausa, afinal, desde agosto do ano passado os EUA tem observado um decréscimo numa série significativa de indicadores econômicos, muitos pelo factual a guerra comercial EUA-China.
Daí a posição “conservadora” do Fomc ao tentar entender tanto os efeitos dos cortes mais recentes, quanto a preservação de um importante instrumento de política como o monetário.
Localmente, a comunicação do COPOM será de suma importância para se compreender a extensão do ciclo a ser adotado no Brasil.
Parte dos indicadores econômicos tem respondido positivamente neste trimestre e a tendência é de um efeito inercial para 2020.
Deste modo, vale o julgamento do BC em continuar no ritmo atualmente adotado ou iniciar a sinalização “menos dovish”, para reduzir o impacto das fortes posições dadas nos vértices da curva de juros, em especial nos mais longos.
Além das decisões de juros, a agenda conta hoje com o ADP Employment, PIB americano e no Brasil, dados do governo central e IGP-M.
Atenção hoje aos resultados de Apple (NASDAQ:AAPL), Facebook, GlaxoSmithKline, Airbus, StarBucks, Volkswagen, GE, Sony, Santander, ADP, Bayer, AIG, Wallgreens, Nintendo, MetLife, Credit Suisse, Mitsui, CME, Yum!, Panasonic e Kirin.
Localmente, destacam-se Arezzo (SA:ARZZ3), B2W (SA:BTOW3), Cesp (SA:CESP6), Gerdau (SA:GGBR4), Lojas Americanas (SA:LAME4), Movida (SA:MOVI3), Pão de Açucar e Santander Brasil (SA:SANB11).
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa na sua maioria e os futuros NY abrem em baixa, na expectativa pela decisão do FOMC.
Na Ásia, o fechamento foi misto, em reação aos balanços e expectativa pelo Fed.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao ouro.
O petróleo abre estável, com estoques e atividade econômica.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,53%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,9994 / 0,18 %
Euro / Dólar : US$ 1,11 / 0,027%
Dólar / Yen : ¥ 108,87 / 0,037%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / 0,140%
Dólar Fut. (1 m) : 4000,11 / 0,31 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 4,35 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 4,37 % aa (-0,46%)
DI - Janeiro 23: 5,36 % aa (-0,19%)
DI - Janeiro 25: 6,05 % aa (0,33%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,5831% / 107.556 pontos
Dow Jones: -0,0712% / 27.071 pontos
Nasdaq: -0,5901% / 8.277 pontos
Nikkei: -0,57% / 22.843 pontos
Hang Seng: -0,44% / 26.668 pontos
ASX 200: -0,83% / 6.689 pontos
ABERTURA
DAX: -0,245% / 12907,85 pontos
CAC 40: 0,175% / 5750,21 pontos
FTSE: -0,209% / 7290,96 pontos
Ibov. Fut.: -0,60% / 108100,00 pontos
S&P Fut.: -0,105% / 3032,50 pontos
Nasdaq Fut.: -0,006% / 8054,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,04% / 79,63 ptos
Petróleo WTI: -0,07% / $55,51
Petróleo Brent:0,18% / $61,60
Ouro: 0,21% / $1.489,67
Minério de Ferro: -0,22% / $90,03
Soja: -0,29% / $15,70
Milho: 0,19% / $386,75
Café: 0,00% / $99,15
Açúcar: -0,24% / $12,31