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Todos os olhos se voltam para a inflação dos EUA na volta do feriado

Publicado 13.10.2022, 07:47
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Bem-vindo à sua leitura matinal de cinco minutos de como os mercados estão reagindo ao redor do mundo nesta manhã.

ÁSIA: Os mercados asiáticos caíram na quinta-feira, enquanto os investidores aguardavam dados de inflação dos EUA que pode reforçar os planos do Federal Reserve para mais um aumento agressivo das taxas de juros.

O Nikkei do Japão caiu 0,60%, para 26.237,42 pontos. O índice de preços ao produtor do Japão para setembro subiu 9,7% em relação ao mesmo período do ano passado, o maior em 5 meses. O iene fortaleceu depois de atingir 145,85 na quarta-feira, uma baixa de 24 anos. As expectativas foram motivadas por conta do banco central do Japão que disse que poderiam intervir novamente para sustentar a taxa de câmbio do iene após uma intervenção anterior em setembro. Autoridades japonesas disseram que estão prontas para agir e que estão observando a velocidade do enfraquecimento do iene. Segundo analistas, Japão tem reservas estrangeiras suficientes que poderia ser usado para defender sua moeda, mas ainda não esta agindo.

O Kospi da Coreia do Sul perdeu 1,80%, para 2.162,87 pontos.

O índice Hang Seng em Hong Kong foi negociado 1,87% menor, em 16.389,11 pontos, com o índice Hang Seng Tech caindo 3%.

Na China continental, o Shanghai Composite caiu 0,3%, em 3.016,36 pontos e o Shenzhen Component caiu 0,19%, para 10.817,67 pontos.

Na Austrália, o S&P/ASX 200 fechou em queda de 0,07%, a 6.642,60 pontos. Entre as mineradoras, BHP caiu 0,9%, enquanto Fortescue Metals (ASX:FMG) e Rio Tinto (LON:RIO) avançaram 1,2% e 0,3%, respectivamente. Entre as empresas de energia, Santos e Woodside Energy cairam 0,8% e 1,4%, respectivamente.

O índice MSCI para a Ásia-Pacífico exceto Japão caiu 1,03%.

Os mercados da Tailândia fecharam por conta de um feriado nesta quinta-feira.

EUROPA: Os mercados europeus tentam recuperação na manhã de quinta-feira, com investidores de todo o mundo preparando para a inflação dos EUA.

O pan-europeu Stoxx 600 opera estável no final da manhã, tendo recuperado as perdas iniciais, com ações de viagens e lazer subindo, enquanto ações de tecnologia caem.

O CAC 40 da França sobe 0,2% e o FTSE MIB da Itália avança 0,7%.

Na Península Ibérica, o IBEX 35 da Espanha sobe 0,3% e o português PSI 20 sobe 0,7%.

O DAX 30 da Alemanha sobe 0,70%. O índice de preços ao consumidor alemão em setembro subiu 10% em relação ao ano passado e 1,9% mês a mês, confirmando uma leitura preliminar. A inflação do IPC harmonizada com a UE foi de 10,9% ao ano e 2,2% no mês, também em linha com as previsões.

Em Londres, o FTSE 100 segue estável. Entre as mineradoras listadas na LSE, Anglo American (LON:AAL) sobe 0,7%, Antofagasta (LON:ANTO) adiciona 2,4%, enquanto BHP e Rio Tinto perdem 0,6% e 0,2%, respectivamente.

Pierre Wunsch, governador do Banco Nacional da Bélgica, diz que a sua aposta é que as taxas ultrapassem 2% e que "não ficaria surpreso" se o BCE aumentar as taxas acima de 3%.

EUA: Os futuros dos índices de ações dos EUA operam em alta nesta quinta-feira, com os investidores de olho nos dados de inflação e balanços corporativos, que podem fornecer informações sobre o futuro da saúde da economia.

O movimento segue um dia de pequenas altas e baixas em Wall Street, com os investidores digerindo a minuta da reunião de setembro do Federal Reserve. A ata mostrou que o banco central deve continuar subindo as taxas de juros até ver a inflação recuando, mas alguns comentários fizeram alguns pensarem que o Fed poderia, em vez disso, desacelerar os aumentos das taxas no futuro, se não revertê-los, se o tumulto dos mercados financeiros continuasse. “Vários membros" observaram que seria “importante calibrar” os futuros aumentos dos juros para mitigar o risco de efeitos adversos na economia e também concordaram que seria apropriada uma desaceleração do ritmo de aperto em algum momento, na medida em que as taxas ficam acima do nível de equilíbrio, aquele que não estimula nem contrai a economia.

O S&P 500 caiu 0,33%, fechando em 3.577,03 pontos, o Nasdaq Composite caiu 0,09%, para 10.417,10 pontos, enquanto o Dow Jones caiu 0,10%, para fechar em 29.210,85 pontos, enquanto também digeriam o relatório do índice de preços ao produtor mais quente do que o previsto. .

Na manhã da quarta-feira, o índice de preços ao produtor de setembro, um indicador de inflação que analisa a demanda no atacado, superou as expectativas ao subir 0,4% em setembro, mais do que a estimativa de 0,2%.

Os rendimentos dos Títulos do Tesouro de 2 anos, sensível à política do Fed, subia 3 pontos-base para 4,3184% por volta das 5h30 desta quinta-feira, aproximando-se da máxima de 15 anos alcançado no mês passado. Os títulos de 10 anos subia para 3,9230% depois de ganhar 2 pontos-base. Os rendimentos e os preços se movem em direções opostas. Um ponto base equivale a 0,01%.

Na agenda econômica, espera-se às 9h30, o tão aguardado CPI. Economistas esperam que os preços ao consumidor nos EUA em setembro tenham subido 0,3% em relação a agosto e 8,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Em agosto, o IPC subiu 0,1% em relação a julho e 8,3% em relação ao ano anterior.

Estatisticamente, dois dos nove maiores dias de baixa do S&P 500 este ano vieram em dias em que os dados do CPI foram divulgados. Sem esses nove dias de baixa, o S&P 500 teria subia 8,6% no ano até o final da semana passada. Por exemplo, o S&P 500 registrou sua maior queda percentual diária desde junho de 2020 no dia da divulgação do IPC, quando o índice perdeu 177,7 pontos, ou 4,3%. Em 13 de junho, o S&P deslizou 3,9% e entrou em mercado de urso depois que o relatório de inflação de maio ficou mais quente do que o esperado, com o IPC atingindo uma alta de 40 anos. Três dias depois, o índice caiu 3,3% após o que foi então a maior alta de taxa do Federal Reserve desde 1994.

A Bloomberg informou que os analistas do JPMorgan (NYSE:JPM) liderados por Andrew Tyler esperam que o mercado de ações caia 5% na quinta-feira se o indicador de inflação vier acima dos 8,3% de agosto. Se o resultado estiver em linha com o consenso, o índice S&P 500 cairá cerca de 2%. Por outro lado, a equipe prevê que a inflação abaixo de 7,9% provocará um rali de ações onde o índice pode saltar pelo menos 2%.

No mesmo horário sairá o dados semanais de pedidos de auxílio-desemprego serão divulgados às 9h30 de quinta-feira. Às 11h30 será, divulgado os estoques semanais de petróleo.

Os investidores também acompanharão os ganhos corporativos de empresas como Delta Air Lines, Walgreens e Domino’s Pizza, que divulgarão seus resultados antes do pregão de quinta-feira, como parte de uma semana considerada o início de uma nova temporada de resultados corporativos. Observadores do mercado dizem que os balanços estão se tornando mais importantes para entender como a inflação e o dólar em alta afetarão seus lucros, já que lucros decepcionantes podem levar investidores a reduzir a exposição nos mercados.

CRIPTOMOEDAS: As criptomoedas recuam na quinta-feira e seguem em compasso de espera como nos mercados de ações, aguardando a inflação devido na manhã de hoje.

Funcionários do Banco Central deixaram claro que continuam comprometidos em combater a inflação, mesmo em meio ao risco crescente de desaceleração econômica. Os dados da CPI, que no passado atuaram como a faísca para grandes ralis e liquidações, tem potencial para acelerar esses processos.

Famoso por sua volatilidade, o Bitcoin tem permanecido notavelmente sólido nos últimos tempos, pairando entre US $ 19.000 e US $ 20.000 em setembro, enquanto os principais índices de ações foram empurrados para seu pior mês desde a liquidação de março de 2020.

Alguns analistas veem a falta de volatilidade como um sinal de que as criptomoedas estabeleceram seu fundo após o brutal mercado de urso deste ano, com o Bitcoin negociando em menos de um terço de sua alta de todos os tempos registrado em novembro de 2021. Outros veem isso como uma calma antes da tempestade, com a alavancagem se acumulando no mercado de derivativos cripto como um indicador de que os mercados de ativos digitais estão meramente preparados para um movimento violento em breve.

O Bitcoin cai 1% nas últimas 24 horas e perde os US $ 19.000, enquanto o Ether, o segundo maior token, perde 2%, para US$ 1.275.

Bitcoin: -1,02%, em US $ 18.974,90
Ethereum: -2,02%, em US $ 1.273,39
Cardano: -8,49%
Solana: -6,22%
Dogecoin: -5,03%
Terra Classic: -8,30%

ÍNDICES FUTUROS - 7h50:
Dow: +0,46%
SP500: +0,47%
NASDAQ: +0,28%

COMMODITIES:
MinFe Dailan: -2,45%
Brent: +0,10%
WTI: +0,06%
Soja: -0,36%
Ouro: +0,23%

OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, independente, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra, manutenção ou venda de ativos.

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