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Tributação de Investimentos: Não é Má Ideia

Publicado 14.11.2019, 16:53

Os cenários pós-aprovação da reforma da Previdência incluem um conjunto amplo de mudanças que ainda precisam ser feitas. Afinal, como já apresentado aqui anteriormente, a reforma previdenciária foi necessária, mas não é suficiente para resolver a miríade de questões do país, sobretudo do deficitário lado fiscal.

Empresário foi patriota na Previdência, quero ver na tributária.” (Rodrigo Maia)

Dentre as reformas que mais terão impacto, está a tributária. Nosso balaio de gatos, digo, sistema tributário, é um dos mais complexos do mundo (ranqueado como 184 entre 189 países no relatório Doing Business, do Banco Mundial) e, além disso, um dos menos progressivos.

Por aqui, muitas vezes quem ganha mais paga menos, em termos proporcionais da renda de cada um. De modo a acertar os ponteiros deste departamento, existem propostas a respeito da tributação do setor produtivo (comércio, serviços e indústria), cujos modelos em pauta já discutimos por aqui.

Porém, há ainda uma questão mais delicada, até então não incluída em nenhuma das propostas em discussão no Congresso: há uma notável desigualdade de tributação em nosso país também em termos de renda, o que contribui certamente para a desigualdade que aqui observamos.

De acordo com pesquisa recente do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), o Imposto de Renda cobrado na fonte tira de quem ganha acima de R$ 108 mil uma parcela semelhante à cobrada de quem recebe até R$ 6.780 – com base em uma alíquota progressiva, cuja máxima de 27,5% é cobrada a partir de R$4.664 mensais.

Isso ocorre porque isenções e alíquotas diferenciadas fazem com que a cobrança de Imposto de Renda de Pessoa Física pese mais para algumas faixas do que para outras. Nem toda renda é tributável, ou pelo menos não o é via Imposto de Renda (como o dinheiro oriundo de lucros e dividendos de empresas), enquanto outras fontes de renda são estruturadas de tal forma a reduzir o pagamento de imposto – como é o caso das famosas “PJs” (Pessoa Jurídica).

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Tornou-se praxe no mercado, por exemplo, a proliferação de “freelas” ou mesmo associados em grandes escritórios de advocacia, em que o sócio nada mais tem do que o não recolhimento do imposto devido na fonte. Enquanto isso, a tributação focada na atividade produtiva das empresas ajuda a inibir novos investimentos.

Nesse contexto, uma proposta de autoria de Eduardo Braga (Senador do MDB/AM) sugere alternativas para uma reforma de tributação de renda no Brasil – reduzindo a tributação sobre a produção e alterando levemente a tributação sobre pessoa física, além de modificar a tributação sobre determinados tipos de investimento.

O texto já vem atraindo muitos críticos, a exemplo do “placar” da consulta pública, que demonstra resultados nada animadores (e segue aberta até o momento da publicação deste artigo). Vejamos, na prática, o que ela propõe:

Cria alíquota única para o imposto de renda da pessoa física, de 27,5% sobre rendimentos acima de R$ 4.990,00 mensais. Reduz para 12,5% a alíquota do imposto de renda da pessoa jurídica e para 7,5% a alíquota adicional. Revoga a isenção sobre os dividendos recebidos de pessoa jurídica, inclusive de microempresas, criando alíquota de 15%. Revoga isenções na tributação do mercado financeiro e de capitais, relativas a vendas de ações, fundos de investimento imobiliário, títulos e letras de crédito. Revoga a dedução no imposto de renda da pessoa jurídica pelos juros pagos a sócio, a título de remuneração do capital próprio.

Atualmente, os mecanismos que seriam alterados funcionam da seguinte maneira: há uma tabela progressiva de Imposto de Renda que abarca todas as faixas de renda a partir de R$1903,99 (começa em 7,5% nesta faixa e, acima de R$4664,68, vai para 27,5%); o imposto de renda de Pessoas Jurídicas fica entre 10 e 15%, a depender do caso; e, sobre todos os outros casos (dividendos de pessoa jurídica, instrumentos do mercado financeiro como FIIs e LCI/LCA e juros sobre capital próprio), há isenção.

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No fim das contas, haveria então uma tributação única e apenas para a maior faixa do IR na folha salarial, uma unificação em IRPJ e o fim de isenções em investimentos que ainda as tenham e nos dividendos de empresas.

É claro que essas mudanças não seriam a única e melhor solução para a natureza complexa e, muitas vezes, desigual do sistema tributário brasileiro – principalmente tendo em vista a também urgente reforma do sistema tributário produtivo. Porém, tributar a renda dessa maneira poderia ser uma forma de tornar o sistema um pouco mais equitativo – mesmo diante de mudanças quase nulas em termos de arrecadação.

Por fim, confessamos que não é sempre, mas que hoje devemos concordar com o Rodrigo Maia. Pode ser de fato fácil demais apoiar uma reforma cujos dados já provam por si só a necessidade; porém, quando envolve um assunto tão delicado quanto a tributação de renda, os “patriotas” já começam a desaparecer.

Liberais de verdade devem ficar atentos a isso, ou correm risco real de caírem na malha fina do patrimonialismo tradicional brasileiro.

Últimos comentários

parece haver informações que não procedem.. IR a partir de 1.903 mensais ? Todo modo persevera essa péssima distribuição de encargos no brasil? Alguém diria mesmo que virão investimentos menos especulativos ? Esperamos
Tudo q arrecadamos em impostos vai para manter uma maquina pública ineficiente cara e corrupta, sem resolver este problema não haverá arrecadação que de conta.
muita brincadeira no texto, e nenhum esclarecimento ou conclusão inteligente. No final é mais tributação e mais enrolação como sempre.
Quem entende de Direito Tributário nunca diria que esse plano seria para corrigir injustiças. É nítido favorecer ainda mais os mais ricos.
Me pareceu uma grande irresponsabilidade deixar, aparentemente, uma criança, fazer comentários sobre economia aqui. Talvez como comentarista de brinquedos eu tivesse em maior conta a sua opinião.
Rapaz, disse tudo. Este artigo é um lixo. Parece ter sido escrito por um bêbado
Quem deixou esse insano escrever aqui ???
É Brasil acima de tudo. Vamos pagar mais com satisfação.
Qual a sua proposta Gutemberg Carvalho?
Tem jeito de que é contra o governo.
Pegou os principais pontos, manutenção dos níveis de arrecadação e cobrando os impostos de modo mais equilíbrado das finanças das pessoas e das empresas. Acredito q o crescimento econômico assim seria reforçado através da progressividade desse custo do dinheiro e consequentemente melhora dos investimentos no médio e longo prazo, pelo retorno produtivo e de consumo conquistados. Mas claro ajuda a resolver em parte o sistema, é necessário outras mudanças na reforma tributária, além de mais eficiência no uso do dinheiro pelo governo.
Imposto e roubo... pessima ideia
Brasil acima de tudo. Inclusive dos impostos. Vamos pagar pra ver nosso Brasil melhor.Ou não?
Tributar produção é uma tradição do Brasil colonia tirando renda para financiar setor publico
Acho sou um dos poucos investidores que preferiria isentar o setor produtivo do csll e irpj e tributar os dividendos. o efeito no longo prazo do lucro reinvestido sendo distribuido superaria a perda no curto prazo
principalmente num país que se financiar é tão caro
Se fosse isso, seria aceitável. Mas o acionista dependeria da boa vontade da empresa aumentar o Payout.  A ideia dos políticos de esquerda é somente tributar lucros e dividendos. Do outro lado, o Paulo Guedes até falou em tributar dividendos, reduzindo a carga tributária de lucro presumido. Mas mesmo assim, haveria um aumento de 4 ou 5% na carga tributária total
, Brasil acima de tudo. Vamos pagar.
Se vc queria Ibope . vc conseguiu.
Vira essa boca pra lá, migo autor.
Pra que investe ou especula (creio que é o proposito desse app), isso é Pessimo, ao menos na parte dos dividendos, LC e venda de acoes, quem é pequeno nao vai ganhar nada, a bolsa ira perder muita liquidez
Olha, confesso que fiquei espantado com a sandice que li...
boa
Cobrança de imposto duplicados! Do ponto de vista dos dividendos é isso que está parecendo...
Cobrança de imposto duplicados! Do ponto de vista dos dividendos é isso que está parecendo...
Um microempreendedor vai pagar 12,5% primeiro e depois mais 15%. Não acho correto pagar imposto duas vezes sobre o mesmo dinheiro. No fim das contas, quase 30% vai embora!
Teve méritos pra ser empresário, tem que ter méritos pra pagar impostos.
oi Genio, vc conhece alguma outra forma de gerar emprego se nao pelo empresariado? Ou na sua opiniao o governo deve aumentar seu gasto e inflar ainda mais o seu quadro de funcionarios e obviamente repassar isso em forma de mais imposto ??
gênio......pq então não geram empregos agora? só temos 13 milhões de desempregados.Tão esperando o que? mãos a obra.
Brasil precisa de mais investidores e n tributaçoes
Assalto ao investidor
empresário só apoia reforma quando não mexe no dele.
o mercado financeiro tmb
Provavelmente o assalariado também não apoia quando meche no dele, n entendi sua revolta com empresário sendo que o fator comum entre os problemas é o Estado.
O empreendedor tributa como empresa, gera renda, movimenta a economia e depois é penalizado ao retirar seu lucro, neste caso. Essa é a realidade. Esta é uma forma de bitributação, nada mais.
O empreendedor tributa como empresa, gera renda, movimenta a economia e depois é penalizado ao retirar seu lucro, neste caso. Essa é a realidade. Esta é uma forma de bitributação, nada mais.
Os patriotas piram.
devemos aceitar os fatos como e ter coragem de cortar na própria "carne". Há o déficit fiscal evidente e quem possa contribuir com mais. Eu sou investidor em LCIs e Ações e mesmo assim acho justo a tributação das mesmas.
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