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Trigo: Preços Devem Continuar Atrativos Para Vendedores em 2022

Publicado 14.01.2022, 16:20
Atualizado 14.05.2017, 07:45

A safra nacional de trigo atingiu produção recorde em 2021, mesmo com adversidades climáticas durante o desenvolvimento da lavoura, sobretudo geada e seca. Desta forma, de acordo com dados da Conab, o ano foi finalizado com 7,81 milhões de toneladas de cereal colhido no Brasil. A maior disponibilidade de trigo no mercado interno não foi suficiente para pressionar os preços, já que a alta cambial, a paridade de importação, a menor oferta mundial e a aquecida demanda externa mantiveram as cotações elevadas. 

Apesar da maior disponibilidade de trigo no mercado interno, a importação seguiu em alta no segundo semestre do ano passado. Comparando-se o volume de trigo importado do ano-safra iniciado em agosto/20 até dezembro do mesmo ano com agosto/21 até dezembro/21 (dados preliminares da Secex até a quarta semana do mês), o volume já foi 4,8% superior, atingindo 2,23 milhões de toneladas.

Segundo dados de dezembro da Conab, a importação nesta safra permaneceu prevista em 6,2 milhões de toneladas. Já a exportação brasileira de trigo entre agosto/21 e julho/22 foi elevada para 1,2 milhão de toneladas, justificada pelo maior volume a ser embarcado pelo Rio Grande do Sul, tendo em vista o elevado preço internacional e a maior aceitação externa do cereal com menor PH. Assim, o estoque final, em julho/22, foi novamente reduzido e deverá ser de 409,9 mil toneladas, superior às 146,9 mil toneladas estimadas para julho/21.

Assim, a previsão é de que o País continue importando volumes representativos em 2022, mesmo com a maior produção nacional. O Brasil ainda é dependente das importações do cereal para abastecer o mercado interno, negociando principalmente com os países vizinhos, com destaque para a Argentina. Além disso, as exportações também deverão ser maiores, tendo em vista a menor oferta global e os elevados preços externos.

Devido ao grande volume de trigo importado pelo Brasil, o acompanhamento do câmbio é essencial, já que impacta diretamente o preço da commodity. Utilizando-se como base as estimativas do Boletim Focus do Banco Central, o mercado espera que o dólar norte-americano continue se valorizando em 2022, encarecendo a importação. De acordo com os dados da Secex, em 2021 (até novembro), o preço médio das importações (Free on Board) foi de R$ 1.437,56/tonelada, contra R$ 1,139,12/t em 2020.

Desta forma, os preços deverão continuar em altos patamares em 2022, tanto no Brasil, quanto no exterior. No mercado nacional, produtores deverão realizar negócios no período de entressafra no início do ano no País, quando normalmente os preços são superiores, e espera-se redução nos valores apenas com a entrada da safra de inverno do Hemisfério Norte.

Avaliando-se as atividades de campo, na última temporada, o Rio Grande do Sul ultrapassou a produção de trigo do Paraná, estado que normalmente possui a liderança nacional. A Emater/RS sinalizou que a safra no Rio Grande do Sul apresentou boa produtividade, qualidade satisfatória, com alto volume de grãos com PH acima de 78 e remuneração favorável ao produtor. 

Em relação à próxima safra de trigo nacional, a expectativa é que os produtores continuem optando por aumentar a área com o cereal, como ocorreu na temporada anterior, influenciados pelos altos valores pagos no mercado atualmente, mesmo com o maior custo de produção, com destaque para insumos. Entretanto, o clima seco na região Sul deve novamente adiantar a colheita de soja, o que pode atrair o produtor para culturas concorrentes em área, como o trigo. 

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