Esta foi uma das semanas mais marcadas pela questão política local e internacional no mercado financeiro. Em resumo, tudo ocorrendo por motivos semelhantes, votações importantes que medem o poder dos governos.
No Brasil, ao se alimentarem perspectivas não realistas quanto à votação de um tema polêmico como a reforma da previdência, o próprio governo contava com um calendário não realista para a questão fiscal, o qual foi ajustado em R$ 58 bi adicionais.
Já nos EUA, a importância política para Trump da retirada do ObamaCare é demonstrar que ainda carrega algum cacife político da eleição, mesmo após uma série de trapalhadas dignas de uma comédia dos anos 50.
Os republicanos têm muitas dúvidas para a aprovação do plano substitutivo, principalmente pela possibilidade de deixar milhões de americanos sem cobertura.
Nós já vimos isto no passado, aparentemente encontraram um buraco no casco do navio, e alguns ratos já se preparam para saltar antes que afunde.
CENÁRIO MACROECONÔMICO
A importância reduzida nestes dias dos indicadores macroeconômicos internacionais pode ser testada hoje com o discurso de Yellen em Washington para discutir o mais recente aperto monetário.
A contínua série de dados positivos da economia americana continuam a dar suporte a mais altas de juros, provavelmente três ainda este ano e tal contexto continua no radar da autoridade monetária, mesmo após um comunicado da última reunião do FOMC considerado neutro.
Mesmo assim, o cenário político local e internacional continua a pesar, até que as votações importantes ganhem corpo e tragam resultados, positivos ou negativos para os governos.
CENÁRIO DE MERCADO
Mais um dia de forte volatilidade observada no mercado ontem, principalmente pela questão política fortemente arraigada no futuro dos negócios.
Os mercados na Europa abrem todos negativos, enquanto os futuros em NY registram leve alta, na expectativa das votações no congresso americano.
O rendimento dos US Treasuries abre em alta, também pela expectativa do discurso de Janet Yellen, presidente do Fed e o dólar abre o dia em queda, após um período de alta mais consistente pela manhã.
Entre as commodities, dia de queda generalizada entre as metálicas e leve alta observada no petróleo, com o corte de produção saudita, confrontado pelo aumento da produção americana.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,1407 / 1,68 %
Euro / Dólar : US$ 1,08 / 0,185%
Dólar / Yen : ¥ 111,02 / 0,072%
Libra / Dólar : US$ 1,25 / -0,327%
Dólar Fut. (1 m) : 3135,24 / 1,13 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 9,97 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 9,56 % aa (0,31%)
DI - Janeiro 21: 10,02 % aa (0,30%)
DI - Janeiro 25: 10,37 % aa (0,10%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,01% / 63.531 pontos
Dow Jones: -0,02% / 20.657 pontos
Nasdaq: -0,07% / 5.818 pontos
Nikkei: 0,93% / 19.263 pontos
Hang Seng: 0,13% / 24.358 pontos
ASX 200: 0,80% / 5.754 pontos
ABERTURA
DAX: -0,211% / 12014,29 pontos
CAC 40: -0,536% / 5005,76 pontos
FTSE: -0,161% / 7328,92 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 63886,00 pontos
S&P Fut.: 0,073% / 2341,70 pontos
Nasdaq Fut.: 0,135% / 5361,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,00% / 84,59 ptos
Petróleo WTI: 0,46% / $47,92
Petróleo Brent:0,49% / $50,81
Ouro: -0,06% / $1.244,42
Aço: -0,09% / $88,51
Soja: -0,37% / $18,85
Milho: -0,14% / $356,25
Café: -0,39% / $139,95
Açúcar: 0,68% / $17,72