TÔNICA DA SEMANA
Antes de mais nada deixe-me dizer que estou me readaptando…escrevia diariamente…agora a proposta é outra…mas confesso que capacidade de síntese não é meu forte…mas vou tentar focar no que realmente acho que faz sentido olhar na semana.
Começo dando uma passada no comportamento dos mercados até agora em agosto:
Petróleo = alta; Euro = se recuperou contra o dólar ; S&P = alta; Bolsas na Europa = alta (destaque para o DAX); Ouro = flat; Prata = baixa; MSCI Emergentes = alta; e no mercado de títulos yields seguem negativos mas a procura pelos títulos parece ter diminuído na margem.
O que isso significa? Um mundo disposto a se arriscar…O reflexo disso internamente foi Ibov = alta ; Dólar = baixa.
Aparentemente a semana começa com a mesma tônica…emergentes pra cima com petróleo se recuperando e dólar em queda no mundo!
Bolsa virou festa…e das boas…”quem tá fora, tá louco pra entrar; quem tá dentro, não quer sair”…mais ou menos por aí. Movimentos de alta se mostram fortes e com volume…sinalizando que mais $ gringo tem entrado. Segunda começou com mercados no mundo nesse mesmo tom otimista, mesmo após os fracos dados econômicos de Japão (na madrugada de domingo), China e EUA na semana passada.
Em termos de agenda temos alguns bons: CPI’s e licença para construção de novas casas nos EUA e Índice ZEW da Alemanha (terça), estoques de petróleo e ata do FOMC (quarta) e vendas no varejo do UK e CPI europeu (quinta). Internamente tem o vencimento de opções e o avanço das medidas no congresso…além do show que o RJ vem dando nas olimpíadas.
P.s: agenda completa aqui –> Agenda completa
Alguns pontos interessantes pra ficar de olho:
…
a) Até onde vão os mercados?
Chamo atenção para o fato do Stoxx 50 na Europa ter batido na fatídica média de 200 e que poderia tornar a continuidade da alta mais difícil (só replico o que li)…bolsa americana vem num rally que já é o segundo maior da história…na China as bolsas alcançam máxima de 7 meses…..será que tem motivo pra tudo isso?
b) O call “óbvio” de chuva de recursos aqui com a confirmação de impeatchment…me parece meio óbvio demais…último texto da Zeina Latif ela discorre muito bem sobre o assunto…ressaltando que diferencial de juros é importante, mas os indicadores que melhor explicam a entrada de capitais internamente são: confiança e preço de commodities. Logo tão ou mais importante que a confirmação do impeatchment é a aprovação da agenda de reformas proposta…
UM RESUMO…
Já tivemos uma reprecificação do Brasil (dólar saiu de R$ 4,15 pra R$ 3,2; bolsa saiu de 37k pra 58k) decorrente da redução do sentimento de risco.
Daqui pra frente acredito que o mercado pare pra fazer conta e ver a evolução das empresas e mais que isso o cenário político… não acredito muito a chuva de recursos que estaria esperando o impeatchment….penso que a seletividade vai ganhar espaço…acho que tem ação de empresa que vai render mais que CDI num prazo de 12 meses, mas tem que saber garimpar….se muito gestor de FIA ficou pra trás do Ibov (caso atual) agora é a vez de buscar essa diferença com seletividade de papeis…acho que essa é a tônica.