Um dos melhores trimestres em décadas para o mercado financeiro terminou após um dos piores períodos, senão o pior, para a economia global no século XXI.
Com este desafio começamos um novo semestre, trimestre e mês, em meio às incertezas contínuas da pandemia e um cenário político em aberto em nível global.
Durante o auge da crise, a leitura de indicadores econômicos fazia pouco sentido, dadas as fortes distorções dos números e o grau de incerteza sobre a duração da crise.
Passado o que aparentemente se desenhou como o auge da crise, a leitura de tais indicadores se torna novamente relevante, em meio à expectativa por uma recuperação da qual ainda não se tem ideia do formato (V, U, W, L, √...), baseada na premissa de retomada da atividade econômica em meio à uma segunda onda do vírus.
Eis que a série de PMIs, ISMs, mas principalmente, dados do mercado de trabalho tem maior relevância como o número de desempregados e desemprego abaixo das expectativas na Alemanha e a criação de postos de trabalho no setor privado nos EUA, o ADP Employment.
É com a premissa de recuperação da economia que iniciamos a segunda metade do ano, atentos também para o carrego estatístico nas projeções dos analistas e no resultado final dos indicadores.
Permeados pelo contexto negativo da crise, muitas análises, inclusive do próprio FMI, foram enviesadas negativamente, com projeções no mínimo catastróficas para diversas localidades no mundo, inclusive dados muito ruins para o Brasil.
O cuidado com a questão estatística vem exatamente de não contaminar as próximas projeções com os dados mais recentes de curto prazo, na sua maioria superando positivamente as expectativas do mercado, alterando novamente o panorama do fim do ano.
Os desafios daqui até 2020 são inúmeros além da própria questão econômica e pandêmica, pois passam pela China aceitar as ‘regras do jogo’ com o ocidente e avançar nas pautas propostas pela fase-1 do acordo comercial, pela difícil eleição nos EUA, no Brasil e alguns países europeus e pela única certeza observada este ano: a incerteza.
Atenção hoje ao ADP, ata da última reunião do FOMC, balança comercial brasileira e uma série de PMIs na agenda.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em alta, em observação a uma série importante de indicadores econômico.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos na maioria, após dados Caixin de manufatura chineses superarem as expectativas
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, com destaque à prata e ouro.
O petróleo abriu em alta em Londres e em Nova York, com redução dos estoques americanos.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,36%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,4659 / 1,13 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / -0,169%
Dólar / Yen : ¥ 107,50 / -0,371%
Libra / Dólar : US$ 1,24 / -0,008%
Dólar Fut. (1 m) : 5440,04 / -0,06 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 2,92 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 4,02 % aa (-0,99%)
DI - Janeiro 25: 5,68 % aa (-1,39%)
DI - Janeiro 27: 6,61 % aa (-1,78%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,7099% / 95.056 pontos
Dow Jones: 0,8481% / 25.813 pontos
Nasdaq: 1,8697% / 10.059 pontos
Nikkei: -0,75% / 22.122 pontos
Hang Seng: 0,52% / 24.427 pontos
ASX 200: 0,62% / 5.934 pontos
ABERTURA
DAX: -0,533% / 12245,30 pontos
CAC 40: -0,615% / 4905,65 pontos
FTSE: -0,485% / 6139,84 pontos
Ibov. Fut.: -0,56% / 95342,00 pontos
S&P Fut.: 1,394% / 3090,20 pontos
Nasdaq Fut.: -0,246% / 10132,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,37% / 65,21 ptos
Petróleo WTI: 2,78% / $40,26
Petróleo Brent: 2,74% / $42,36
Ouro: 0,40% / $1.782,13
Minério de Ferro: 0,87% / $98,45
Soja: 0,65% / $890,00
Milho: 1,26% / $343,00 $343,00
Café: 1,42% / $100,05
Açúcar: 2,01% / $12,17