A BB Seguridade (BVMF:BBSE3), holding de seguros, previdência e capitalização do Banco do Brasil (BVMF:BBAS3), obteve o seu melhor resultado trimestral da história.
O lucro líquido atingiu 1,406 bilhão de reais entre abril e junho, um avanço anual de +86,6 por cento, impulsionado pelo crescimento das vendas, redução na sinistralidade e melhora do resultado financeiro.
Destaco uma melhora significativa do resultado financeiro de todas as empresas do grupo, a partir da alta da taxa básica Selic.
Os números da BB Seguridade
Seguem os principais destaques que levaram ao crescimento do lucro entre abril e junho:
Brasilprev: Lucro Líquido de 403 milhões de reais no 2T22 (+346 por cento a/a), suportado por maiores receitas com taxa de gestão e pela redução do saldo negativo do resultado financeiro (melhora no resultado financeiro), com expansão do saldo médio de ativos rentáveis e menor taxa de atualização das reservas dos planos de benefício definido.
Brasilseg: Lucro Líquido de 355 milhões de reais no 2T22 (+202,1 por cento a/a), impulsionado pelo crescimento do prêmio ganho, queda da sinistralidade, com melhora significativa nas principais linhas de negócio (vida, prestamista e rural), além do aumento do resultado financeiro, como consequência da maior taxa média Selic.
BB Corretora: Lucro Líquido de 575 milhões de reais no 2T22 (+20,7 por cento a/a), com destaque para a evolução das receitas de corretagem e aumento do resultado financeiro decorrente da maior taxa média Selic. Relembro aqui que a BB Corretora segue representando a maior parte do resultado.
Projeções (guidance) melhores para 2022
Os resultados mais fortes que o esperado levaram a BB Seguridade a rever dois dos três guidances para o ano.
A holding revisou para cima suas projeções de resultado operacional e prêmio emitidos em 2022. O guidance foi revisado para um crescimento operacional entre +15 a +20 por cento, ante a projeção anterior de +12 a +17 por cento (o observado no 1S22 foi de +25,1 por cento); e os prêmios emitidos da Brasilseg passaram para um crescimento de +20 a +25 por cento, ante a projeção anterior de +10 a +15 por cento (o observado no 1S22 foi de +21,2 por cento). Já a estimativa para as reservas de previdência — PGBL e VGBL — foi mantida na faixa de +9 a +13 por cento.
Levando em consideração a sinistralidade retornando a patamares normais no segundo trimestre e o desempenho comercial acelerando, principalmente na parte de seguros, “a companhia decidiu revisar para cima os intervalos para o resultado operacional não decorrente de juros (ex-holdings), e julga ainda factível convergir o crescimento das reservas de previdência”, afirmou a BB Seguridade.
Como receber os dividendos
A empresa anunciou ainda a data do pagamento de dividendos para 29 de agosto.
O conselho de administração aprovou o pagamento de 2,068 bilhões de reais em dividendos intercalares referentes ao primeiro semestre deste ano. Cada investidor receberá 1 real e três centavos por ação (yield 3,5 por cento).
Os dividendos serão pagos para os investidores que possuírem BBSE3 na carteira até o fim do pregão do dia 17 de agosto. As ações passam a ser negociadas ex-dividendos a partir de 18 de agosto.
Resumo do desempenho
Em nossa opinião, BB Seguridade entregou resultados sólidos no segundo semestre e mantemos as boas perspectivas para o ano de 2022.
Seguimos otimistas, dadas as sinalizações entregues (revisão de guidance), considerando o cenário vigente e também tudo o que a companhia vem apresentando (no sentido operacional e financeiro).
Vemos que as ações da empresa ainda negociam abaixo da média histórica quando consideramos o resultado futuro, em torno de 10x lucros (vs. 12x média). Nesse sentido, seguimos com uma margem de segurança para novos aportes mesmo considerando toda a alta do ano (+43 por cento). Olhando para o múltiplo sem considerar a projeção, BBSE3 se encontra em linha com a média histórica.
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