Os indicadores que criaram o ânimo nos mercados nas semanas anteriores receberam um golpe pesado neste fim de semana, o que pode reverter o ritmo mais positivo das bolsas de valores em nível global.
Ainda que diversas localidades no ocidente deem sinais de retomada gradual das atividades, em Wuhan e mais algumas localidades na China e na Coreia do Sul, a detecção de novos casos de coronavíruselevou os alertas e fez com que a retomada da atividade sofresse novos reveses.
Isso pode não evitar o retorno das atividades em algumas localidades do hemisfério norte, porém dá o sinal de que o tratamento vacinal continua a única solução crível para o vírus no curto prazo e enquanto isso não acontecer, o “vai e vem” pode ser mais constante.
Passada a semana com decisão do Copom e IPCA, as atenções se voltam à ata da última reunião e as motivações para o corte mais intenso de juros, além da abertura para o próximo movimento.
Não se deve esperar grandes novidades, afinal este mandato mantem um comunicado mais completo e uma ata mais enxuta, ou seja, os sinais emitidos não devem mudar muito neste sentido.
O que deve chamar a atenção é mais uma série de indicadores econômicos considerando os primeiros impactos do COVID-19 na economia brasileira, conforme observado na produção automobilística na semana anterior, com queda superior a 90%.
O mesmo ocorre no exterior, com uma agenda fortemente focada em indicadores de atividade econômica, tanto aqui quanto no exterior, além das inflações ao varejo e atacado nos EUA.
Localmente, o mercado aguarda que o barulho político do fim de semana não atrapalhe os rumos dos vetos do presidente, em especial do aumento do funcionalismo, essencial neste momento de pandemia.
Tudo na verdade de resume ao prestígio do ministro da Economia Paulo Guedes, o sustentáculo do governo junto ao mercado.
Sem ele, esperança zero de apoio dos principais setores da economia, somente do fisiologismo do setor público.
No âmbito corporativo, atenção aos resultados no exterior de SoftBank, Audi, Mariott, Hitachi, Mitsubishi, Bridgestone, Nissin Foods e localmente, BRF (SA:BRFS3), Carrefour (SA:CRFB3), Copel (SA:CPLE6), Cosan (SA:CSAN3), FrasLe e ItaúSA (SA:ITSA4).
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com temores da segunda onda do vírus.
Em Ásia-Pacífico, fechamento positivo, na expectativa pela reabertura em diversas localidades.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos até 5 anos de vencimento.
Entre as commodities metálicas, quedas no geral, destaque ao ouro.
O petróleo abriu em queda em Londres e Nova York, com temores de retomada do vírus em diversas localidades.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 6,68%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,7309 / -1,80 %
Euro / Dólar : US$ 1,08 / -0,111%
Dólar / Yen : ¥ 107,28 / 0,544%
Libra / Dólar : US$ 1,23 / -0,330%
Dólar Fut. (1 m) : 5757,03 / -1,48 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 3,24 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 4,42 % aa (-3,28%)
DI - Janeiro 25: 6,39 % aa (-2,14%)
DI - Janeiro 27: 7,44 % aa (-1,72%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 2,7456% / 80.263 pontos
Dow Jones: 1,9075% / 24.331 pontos
Nasdaq: 1,5776% / 9.121 pontos
Nikkei: 1,05% / 20.391 pontos
Hang Seng: 1,53% / 24.602 pontos
ASX 200: 1,30% / 5.461 pontos
ABERTURA
DAX: -0,618% / 10837,06 pontos
CAC 40: -1,383% / 4487,09 pontos
FTSE: -0,414% / 5911,40 pontos
Ibov. Fut.: 2,46% / 80493,00 pontos
S&P Fut.: 0,201% / 2934,30 pontos
Nasdaq Fut.: -0,019% / 9188,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,37% / 62,09 ptos
Petróleo WTI: -2,34% / $24,16
Petróleo Brent: -2,42% / $30,20
Ouro: -0,10% / $1.698,55
Minério de Ferro: 1,06% / $86,84
Soja: 0,86% / $848,75
Milho: 0,86% / $321,75 $321,75
Café: 2,47% / $110,10
Açúcar: 1,17% / $10,39