A reforma trabalhista vai além efetivamente de uma melhora do contexto político para Michel Temer. Ela começa a emitir os sinais de possíveis juros mais baixos num futuro próximo.
Com isso, firma-se ainda mais a tendência de corte de 100 bp, repetindo o anterior e mantendo o ciclo de afrouxamento monetário robusto para o histórico brasileiro.
Além das reformas, os índices inflacionários têm mantido sinais reiterados de desinflação constante e para que se evite que se tornem de deflação, existe a necessidade de ações no sentido de estimular a economia.
Em vista à situação do caixa do governo e do teto do limite de gastos, somente restam os juros. Afinal, 10,25% em uma economia recessiva já passou do ridículo.
CENÁRIO POLÍTICO
Ainda inserido no problema da CCJ, a vitória da reforma trabalhista ontem foi para Temer tanto um respiro como um alívio, o que começa a dar os primeiros sinais para a continuidade do corte de juros.
Estes dados e as projeções de melhora nas vendas ao varejo, baseadas em indicadores setoriais antecedentes tendem a ser usados cada vez mais pelo atual governo como justificativa pela sua manutenção.
A isto tem se unido os discursos de Meirelles, enfatizando o papel de Temer na melhora em diversos setores, em especial o agrícola, o grande responsável pelo PIB positivo do primeiro trimestre.
O primeiro ganho deve ser do próprio partido, o qual deve fechar questão para apoiar o presidente e possivelmente expulsar os dissidentes.
Tudo isso tem prazo limitado para acontecer, afinal estamos há pouco mais de um ano dos registros definitivos de candidaturas para 2018.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva em resposta à produção industrial acima das expectativas e os futuros em NY operam em alta, na expectativa pelo discurso de Janet Yellen.
Na Ásia, o fechamento errático, com preocupações sobre a questão dos e-mails de Trump Jr.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, após abertura negativa, enquanto os Treasuries operam com rendimento negativo em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, a alta é generalizada, em especial o minério de ferro no porto de Qindao.
O petróleo abriu positivo e sustenta parte da alta observada ontem, seguindo uma tendência nas commodities em geral e queda nos estoques americanos de gasolina e diesel.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2545 / -0,04 %
Euro / Dólar : US$ 1,15 / -0,105%
Dólar / Yen : ¥ 113,46 / -0,421%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / 0,078%
Dólar Fut. (1 m) : 3266,26 / -0,36 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 18: 8,54 % aa (-0,12%)
DI - Julho 19: 9,05 % aa (-0,33%)
DI - Janeiro 21: 9,96 % aa (-0,10%)
DI - Janeiro 25: 10,69 % aa (-0,09%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,28% / 63.832 pontos
Dow Jones: 0,00% / 21.409 pontos
Nasdaq: 0,27% / 6.193 pontos
Nikkei: -0,48% / 20.098 pontos
Hang Seng: 0,64% / 26.044 pontos
ASX 200: -0,96% / 5.674 pontos
ABERTURA
DAX: 0,691% / 12523,01 pontos
CAC 40: 0,936% / 5188,72 pontos
FTSE: 0,895% / 7395,35 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 64411,00 pontos
S&P Fut.: 0,136% / 2427,80 pontos
Nasdaq Fut.: 0,293% / 5736,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,01% / 83,01 ptos
Petróleo WTI: 1,49% / $45,71
Petróleo Brent:1,43% / $48,20
Ouro: -0,03% / $1.217,30
Minério de Ferro: 2,17% / $64,48
Soja: 0,51% / $19,55
Milho: -0,70% / $389,50
Café: 0,44% / $125,00
Açúcar: 0,52% / $13,50