Na Pressa, Ande Devagar
Hoje saiu o dado do IGP-M para abril – deflação de -0,93 por cento (1,57 por cento no ano). Se o combate à inflação era ponto chave da equipe econômica, a demora na reativação da economia começa a trazer pressão deflacionária.
Por mais que haja preocupações com a instabilidade política – Temer se agarra ao cargo e o PSDB faz o que faz de melhor: segue em cima do muro – tem bastante espaços e argumentos para um corte de, pelo menos, 100 bps na reunião do Copom que começa hoje.
Amanhã saberemos não só o tamanho do corte, mas qual o discurso de Ilan e seu time. Como o Bacen vai lidar com “o presidente que não preside”?
Já que o país está nas mãos da equipe econômica, uma mini reforma da Previdência, estabelecendo apenas a idade mínima, seria assim tão ruim?
Em outras palavras, para o mercado, talvez seja melhor Temer enfraquecido, mas que não atrapalhe o andamento da agenda econômica – Rodrigo Maia a toda hora manda recados de que vai manter a agenda e etc.
Problema é que precisa combinar com Renan que está nos bastidores sabotando a reforma trabalhista.
Se me parece claro que Temer tem que cair, é preciso ir devagar porque temos pressa, como diria o Meirelles.
Não adianta espirrar o atual presidente sem definir quem vem pro seu lugar – do jeito que é o Brasil e o STF, não tenho certeza nem que teremos indiretas se (quando?) Temer sair.
Pensando exclusivamente nos mercados (e friso novamente que não é só isso que interessa), talvez a permanência de Temer não seja o pior resultado.
Movimentos mais abruptos dependem da responsabilidade do Congresso.
Você apostaria seu dinheiro nisso?
May The Force
Theresa May correu para convocar eleições e aumentar suas cadeiras no parlamento britânico. Depois de um bom começo de campanha, o tiro talvez saia pela culatra: há chances de que ela termine a brincadeira com menos cadeiras do que começou.
Se era preciso um “governo mais forte” para conduzir as negociações do Brexit com Bruxelas, como fica a situação, dona May?
Some a isso eleições na Itália e na Alemanha e ameaça de calote grego. O dia não é bom para o Euro.
Do lado de cá do Atlântico, EUA reportaram bons, e esperados, dados de consumo das famílias, mas o a queda generalizada das commodities traz as ações a níveis inferiores aos recordes históricos de sexta (ontem foi feriado por lá).
Wall Street começa a se preocupar um pouco que Trump seja apenas papo – “Washington vai precisar entregar alguma hora”, são as palavras do presidente do Fed de St Louis.
Se os mercados subiram bastante com promessas de menores impostos e medidas para proteger a economia local, tudo pode voltar se algumas medidas concretas não saírem do papel.
Cliente, Cliente, Cliente!
Quem acompanha o Daily, sabe da obsessão admiração que o Felipe tem por Jeff Bezos e pelo mito da criação da Amazon – quem não se rende à história do casal que começou despachando livros pelos EUA e, 20 anos depois, desbancou todos os grandes nomes do varejo mundial?
Se você ler e entender como Jeff Bezos (fundador e CEO) pensa, passa a perceber porquê a Amazon é, bem, a Amazon.
É uma cruzada constante para seguir evoluindo, crescendo, se modificando – a Amazon está sempre no começo, no 1º Dia.
“O 2º dia é êxtase. Seguido de irrelevância. Seguido de declínio doloroso e excruciante. Seguido de morte”.
Em uma já icônica carta aos acionistas, Bezos explica como se manter sempre no 1º Dia. Como ser sempre relevante. Como não cair na dor excruciante do declínio.
O ponto central da tese da Amazon é a “obsessão pelos clientes” – mesmo que o cliente não saiba, ele está infeliz, insatisfeito. Tem sempre um novo produto, um novo serviço a ser prestado. Uma demanda que os clientes nem sabiam que existia.
“Muitas vezes, as pessoas não sabem o que elas querem até que você mostre para elas”, já dizia Steve Jobs.
Quanto mais a falta de Jobs aprece nos resultados finais da Apple, mais me surpreendo com a Amazon.
Ontem, tentando mandar um relógio para uma amiga que vai ao Canadá, tive dificuldades em preencher o endereço (por burrice minha, mesmo). Entrei em contato com um atendente online que me ajudou e, no fim, ainda me dispensou de pagar o valor do frete.
Veja, EU estava fazendo besteira ali, mas, como minha experiência de compra não tinha sido perfeita, me deram um “desconto” pra me manter feliz.
O 2º dia ainda está bem longe, Bezos, fique tranquilo.
Já a bateria do iPhone não chega nem na metade do 1º dia...
Esquadra da Fortuna!
Quem também é obcecado com performance de companhias e, consequentemente, de ações, é o Bruce. Tanto é assim que, em tempos de animação com o Cartola F.C., ele montou seu time ideal – o Método CR11.
São as 11 Melhores Ações da Bolsa combinadas na carteira que bateu até a carteira mais rentável do Ranking das Corretoras.
Ele montou um verdadeiro esquadrão, capaz de atacar quando o mercado dá brechas e também se defender em momentos mais complicados, como os que estamos vivendo.
É o time ideal para você escalar e deixar que cuidem da sua grana!
Dê uma olhada aqui!