Ao falar sobre investimentos, é natural pensarmos em ativos como ações, fundos imobiliários, Tesouro Direto, CDBs, LCIs e LCAs. No entanto, ao se aprofundar no mercado, o investidor descobrirá outras possibilidades não tão conhecidas, mas que podem fazer parte de uma carteira diversificada. Se você quer saber mais sobre investimentos alternativos, fique comigo até o fim deste artigo.
Em primeiro lugar, vale contextualizar o leitor que ainda é iniciante no assunto. Por alternativas podemos entender aquelas classes que fogem do tradicional, na linha daquelas citadas no início deste texto (ações, fundos imobiliários, renda fixa etc.).
Exemplo disso são fundos de Venture Capital, Private Equity e Infraestrutura. Também existem estratégias que investem em Pedras Preciosas, Arte e Special Situation (companhias em dificuldade e com depreciação de valor), mas não cabe explicar como cada uma delas funciona em apenas um artigo. Mas vale destacar como os tão falados fundos de Private Equity e Venture Capital atuam.
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No caso de Private Equity, as gestoras olham mais para as empresas e menos para as ações. Na prática, elas injetam capital no negócio de forma privada e não via mercado acionário. Pode parecer confuso, mas a ideia central é adquirir companhias com alto potencial de crescimento para lucrar com uma venda futura.
Em alguns casos, o time desses fundos vai para dentro do negócio e atua, de fato, na tomada de decisão como um sócio faria.
No caso de Venture Capital, o conceito é bastante parecido quando falamos em tornar um negócio grande e lucrativo. A diferença reside no estágio do processo. Enquanto o Private Equity atua em negócios mais maduros ou em fase de reestruturação, o Venture Capital foca em empresas mais iniciantes, como as startups.
Vale ressaltar que estes tipos de investimentos (alternativos) são indicados para investidores com perfil mais agressivo, pois os retornos não são previsíveis e muito menos garantidos.
Além disso, é preciso ter em mente que esta classe exige visão de longo prazo e sofre com a baixa liquidez, ou seja, é um tipo de ativo de difícil venda e conversão em caixa.
Por outro lado, eles podem ser interessantes em uma estratégia de diversificação de carteira por não guardarem forte correlação com as aplicações tradicionais.
Neste sentido, eles podem, por exemplo, se beneficiar de momentos como crises financeiras, políticas e de outras naturezas nas quais o mercado acionário pode deixar de ser atrativo.
Outro fator interessante diz respeito ao movimento da inflação. Boa parte das estratégias são resilientes às altas dos preços ao longo do tempo, assim como na renda fixa e variável.
Contudo, como eu disse, é preciso avaliar os riscos e os aportes necessários. Boa parte dos fundos disponíveis desta categoria estão disponíveis apenas para investidores qualificados.
Se você tem dúvidas, busque a ajuda de algum especialista ou deixe a sua pergunta aqui nos comentários. Bons negócios!