Banco do Brasil vê 3º tri ainda "estressado" por agro, mas melhora no 4º com margem financeira
Investing.com – O JP Morgan atualizou as estimativas para o Nu Holdings (Nubank) (NYSE:NU) (BVMF:ROXO34) diante de um real mais fraco frente ao dólar e, ainda, que mantenha a recomendação neutra para a ação, com preço-alvo de US$15, aponta para alguns riscos para a tese.
Agora, o banco reduziu suas projeções de lucro líquido para 2025 para US$2,6 bilhões, 10% inferior ao esperado pelo consenso do mercado, em US$2,8 bilhões.
“Não estamos incorporando grandes pressões de margem ou qualidade de ativos neste momento, apesar da deterioração das perspectivas macro no Brasil”, detalhou o analista Yuri Fernandes.
O analista entende que ainda que a fintech possua maior exposição a clientes de baixa renda, que costumam ser mais afetados pela inflação, dados de emprego robustos e o foco da companhia em linhas consideradas mais seguras são pontos favoráveis.
“O discurso da empresa sobre políticas de crédito também inclui baixa exposição a tíquetes, um elevado grau de prioridade, a não concessão de empréstimos a clientes que tenham entrado em inadimplência no passado e a utilização de margens de rentabilidade elevadas”, completa Fernandes.
Inadimplência monitorada
O JP Morgan disse ainda que a empresa “merece o benefício da dúvida”, mas alerta para possível piora na inadimplência, ainda que seja cedo para ter certeza sobre o quanto os NPLs podem subir.
O crescimento dos depósitos e reprecificação de produtos de empréstimo no Brasil, além da evolução na Colômbia e no México são pontos a serem avaliados pelos investidores.
“Embora vejamos locais muito negativos na tese, temos uma visão mais neutra, pois o ritmo e a magnitude da piora parecem incertos. Ainda assim, vemos um risco de queda nas expectativas de lucros e permanecemos neutros”, conclui o JP Morgan.
Às 10h40 (de Brasília), as ações do Nubank negociadas em Nova York apresentavam alta de 1,34% no pré-mercado, cotadas a US$12,09.