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Abiove reduz safra de soja do Brasil e vê em 2024 maior importação em mais de 20 anos

Publicado 12.09.2024, 10:13
Atualizado 12.09.2024, 10:15
© Reuters. Carregamento de soja no porto de Santosn14/03/2024nREUTERS/Amanda Perobelli
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Por Roberto Samora

SÃO PAULO (Reuters) - A estimativa safra de soja do Brasil em 2024, colhida no primeiro semestre, sofreu um novo leve ajuste para baixo, para 153 milhões de toneladas, de acordo com novos números divulgados nesta quinta-feira pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), que também elevou para uma máxima em mais de 20 anos a importação do grão pelo Brasil.

Até agosto, a associação de tradings e indústrias processadoras estimava 153,2 milhões de toneladas para a safra deste ano, versus um recorde de 160,3 milhões de toneladas da colheita de 2023.

Já a previsão de importação de soja pelo Brasil foi elevada para 930 mil toneladas em 2024, ante 800 mil na estimativa de agosto. O volume representa um salto ante as 181 mil toneladas de 2023.

Caso se confirme, será a maior importação de soja pelo Brasil, maior produtor e exportador da oleaginosa, desde 2003, quando somaram 1,19 milhão de toneladas, segundo números do governo citados pela Abiove.

Para a Abiove, não há uma relação de queda na safra e aumento das importações, que em 2023 tinham batido uma mínima desde 2019 (144 mil toneladas).

A associação afirmou que a soja importada pelo Brasil vem dos vizinhos da América do Sul, e se trata de uma "oportunidade natural" de "suplementação do mercado", em um ano em que o Brasil também tem feito grandes exportações e elevado o esmagamento principalmente para a produção de biodiesel, apesar da queda na safra.

A Abiove manteve a previsão de exportação de soja do Brasil deste ano em 97,8 milhões de toneladas, contra um recorde de 101,87 milhões de toneladas de 2023.

Também manteve o processamento de soja em patamar recorde, a 54,5 milhões de toneladas, contra 54,16 milhões no ano passado.

© Reuters. Carregamento de soja no porto de Santos
14/03/2024
REUTERS/Amanda Perobelli

A exportação de farelo de soja sofreu um reajuste para cima de 300 mil, para 22 milhões de toneladas, com o aumento explicado pela Abiove por maior demanda do Sudeste Asiático. Mas ainda fica abaixo de 2023 (22,47 milhões de toneladas).

A Abiove não mudou números de produção, exportação e consumo interno de óleo de soja no ano, estimados em 11 milhões, 1,15 milhão e 9,9 milhões de toneladas.

(Por Roberto Samora)

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