Investing.com – Após o Brasil ter sido convidado para entrar na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+), o Bank of America (NYSE:BAC) (BofA) avaliou que enxerga como improvável qualquer possível esforço para reduzir a produção de petróleo no país. Como o governo tem “se concentrado em desbloquear novas oportunidades de crescimento e aumento da produção num contexto fiscal delicado”, o banco não vê implicações de fato neste momento.
CONFIRA: Cotações das commodities
Os analistas Caio Ribeiro e Leonardo Marcondes recordam que o governo brasileiro tem buscado elevar a produção da commodity. “Várias entidades governamentais (incluindo o Ministério de Minas e Energia) demonstraram forte apoio à Petrobras (BVMF:PETR4) para desbloquear licenças na Margem Equatorial e também procuram aumentar a produção de gás natural no país”, destacam. Os analistas mencionam ainda que as empresas juniores contam com projeções de crescimento robusto pela frente e “o governo não teria os meios para impor cortes de produção a essas empresas”.
Para o BofA, a situação fiscal pode ser uma restrição, dado o impacto de diminuição na produção nas receitas fiscais. Barris adicionais seriam estratégicos melhorar as contas públicas e diminuir o déficit fiscal. “Também não vemos neste momento um mecanismo através do qual o governo seria capaz de manter intacta a sua parte do petróleo produzido nestes campos, ao mesmo tempo que implementa cortes na parte da Petrobras”, completam os analistas.
Às 13h20 (de Brasília), os contratos futuros do petróleo dos EUA eram negociados em baixa de 0,11%, a US$ 75,88 por barril, enquanto o contrato do Brent caía 0,15%, para US$ 80,74 por barril.