Com safra recorde de milho, Anec eleva previsão de exportação do Brasil em 2025

Publicado 07.08.2025, 09:50
Atualizado 07.08.2025, 12:15
© Reuters

SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil deverá exportar mais milho do que o esperado em 2025, apontou relatório da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) nesta quinta-feira, estimando agora embarques de 45 milhões de toneladas neste ano, diante de reavaliações positivas para a colheita da segunda safra.

Na previsão anterior, a Anec havia indicado 42 milhões de toneladas. Mesmo com o aumento da previsão, o total exportado deverá ficar abaixo da máxima histórica de 55,6 milhões de toneladas de 2023.

Em 2025, o mercado global conta com uma oferta mais confortável, incluindo uma esperada safra recorde nos Estados Unidos.

Os volumes exportados de milho, como de costume, deverão ser mais fortes no segundo semestre. Até agosto, incluindo as 7,58 milhões de toneladas previstas para este mês, os embarques no acumulado do ano somariam 17,2 milhões de toneladas.

Isso significa, de acordo com os números da Anec, que os embarques de setembro a dezembro precisarão somar cerca de 7 milhões de toneladas ao mês para a previsão ser alcançada.

As exportações de milho do Brasil em agosto deverão superar este volume, avançando cerca de 1,1 milhão de toneladas na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com projeção da Anec.

A associação citou previsão para safra total de milho do Brasil em 150 milhões de toneladas em 2024/25, segundo levantamento da Agroconsult.

Embora a China esteja mais ausente nas importações de milho, o número pode ser possível com uma maior diversificação de destinos do cereal do Brasil, o que não acontece na soja, fortemente concentrada na demanda chinesa.

"Países como Egito, Vietnã, Irã, Coreia do Sul e Japão, tradicionais importadores, costumam intensificar suas compras nesta época do ano, aproveitando a maior oferta e os preços mais competitivos do milho brasileiro", afirmou a Anec.

SOJA

A exportação de soja, por sua vez, foi estimada em 8,15 milhões de toneladas neste mês, contra 7,98 milhões registrados um ano antes.

Esse volume elevaria os embarques da oleaginosa no ano até agosto para 87,9 milhões de toneladas, segundo números da Anec, que manteve sua projeção para 2025 completo em 110 milhões de toneladas, o que seria um novo recorde, superando o total de 101,3 milhões de toneladas de 2023.

No ano passado, o Brasil exportou 97,3 milhões de toneladas de soja.

A Anec alertou que o volume previsto para agosto poderá ser alterado até o final do mês, em função de condições específicas de cada porto, bem como fatores climáticos e logísticos.

Entre setembro e dezembro, a expectativa é de que o Brasil exporte mais 22 milhões de toneladas de soja, com base na projeção anual.

Para o farelo de soja, os embarques foram vistos em 1,74 milhão de toneladas, versus 2,10 milhões no mesmo mês do ano anterior. Com a exportação estimada para agosto, o total no acumulado do ano somaria cerca de 15 milhões de toneladas.

Em todo o ano passado, o Brasil exportou um recorde de 22,8 milhões de toneladas de farelo de soja.

(Por Letícia Fucuchima, Isabel Teles e Roberto Samora)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2025 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.