Investing.com - A cotação do petróleo se recuperava nesta quinta-feira e eliminava perdas prévias após a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) ter previsto um aumento na demanda global de petróleo no ano que vem, embora também tenha feito alertas sobre as consequências de políticas protecionistas dos EUA.
O contrato com vencimento em abril do petróleo bruto West Texas Intermediate avançava US$ 0,49, ou cerca de US$ 0,80%, para US$ 61,45 o barril por volta das 11h00, descolando-se de US$ 60,83, máxima da sessão.
Do outro lado do Atlântico, contratos de petróleo Brent com vencimento em maio na Bolsa de Futuros ICE (ICE Futures Exchange) em Londres tinham ganhos de US$ 0,42, ou cerca de 0,65%, e o barril era negociado a US$ 65,31.
Em seu relatório mensal divulgado nesta quinta-feira, a IEA elevou sua perspectiva global de crescimento da demanda em 2018 em 100.000 barris por dia, com aumento previsto de 1,5 milhão de barris por dia.
A agência observou também que mudanças em políticas comerciais poderiam ter um impacto negativo na produção de petróleo, com uma desaceleração possivelmente atingindo combustíveis marítimos e de transporte rodoviário.
Temores de uma possível guerra comercial ressurgiram após Trump ter anunciado planos de impor tarifas de até US$ 60 bilhões sobre produtos importados da China, direcionando-as especificamente para setores de tecnologia e telecomunicações.
O relatório foi divulgado um dia após as projeções da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e da Rússia para o aumento da oferta de petróleo fora do grupo terem sido elevadas para 1,60 milhão de barris por dia em 2018, o que se compara a 1,40 milhão de barris por dia anteriormente.
No entanto, a Opep acrescentou que seus esforços para reduzir a oferta continuavam a sustentar o reequilíbrio do mercado.
A Opep chegou a um acordo em dezembro para reduzir sua produção de petróleo em 1,8 milhão de barris por dia até o final de 2018. O acordo deveria acabar em março de 2018, uma vez que já teve uma extensão.
A cotação do petróleo estava sob pressão após a Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês) ter relatado que os estoques de petróleo bruto tiveram aumento de 5,022 milhões de barris na semana encerrada em 10 de março, o que se compara a expectativas de aumento de 2,023 milhões nos estoques.
No entanto, o relatório também mostrou que os estoques de gasolina tiveram redução de 6,271 milhões de barris, o que se compara a expectativas de 1,176 milhão de barris de redução, ao passo que estoques de destilados tiveram redução de 4,360 milhões de barris, o que se compara às projeções de redução de 1,519 milhão de barris.
Além disso, contratos futuros de gasolina avançavam 0,50% para US$ 1,931 o galão, ao passo que os contratos futuros de gás natural recuavam 0,26% para US$ 2,732 por milhão de unidades térmicas britânicas.