(Repete texto com inclusão da palavra "Índia" no título)
Por Marcelo Teixeira
NOVA YORK (Reuters) - O governo da Índia não está pronto para tomar uma decisão sobre a permissão ou não das exportações de açúcar este ano e precisará de vários meses para avaliar a questão, disse uma autoridade do governo na quarta-feira.
A Índia, o segundo maior produtor de açúcar do mundo depois do Brasil, proibiu as exportações de açúcar desde junho de 2022 com o objetivo de garantir a oferta para o consumo local, bem como para desviar parte da sacarose para a produção de etanol.
"Ainda é cedo", disse Sanjeev Chopra, secretário de Alimentos e Distribuição Pública da Índia, a repórteres à margem da Conferência de Açúcar Citi ISO Datagro, em Nova York.
Ele disse que era improvável que as exportações de açúcar fossem retomadas antes que o governo tivesse garantias de que haveria açúcar suficiente para satisfazer a demanda local, além de estoques para pelo menos dois meses e meio, e sacarose suficiente para desviar para o programa de etanol.
Chopra disse que o governo considerava a produção de etanol como uma prioridade clara em relação à retomada das exportações de açúcar.
A ISMA, órgão do setor açucareiro da Índia, solicitou recentemente ao governo que permitisse a exportação de 2 milhões de toneladas métricas.
Ainda não houve resposta, disse o diretor geral da ISMA, Deepak Ballani, que também estava presente na conferência.
Ballani disse que a Índia teria 9 milhões de toneladas de açúcar em mãos no final da atual temporada em setembro, após o desvio para a produção de etanol -- o suficiente para o consumo local e as exportações.
"As exportações dariam mais liquidez aos usineiros", disse ele.
(Reportagem de Marcelo Teixeira)