Investing.com – O impasse a respeito do teto da dívida americana vem atingindo não somente os mercados acionários, mas os de commodities, na visão do banco suíço Julius Baer. “Os crescentes riscos de recessão e as expectativas de uma rápida reversão na política monetária dos EUA têm sido os principais impulsionadores dos preços do ouro e da prata nas últimas semanas, mas o debate sobre o teto da dívida dos EUA tornou-se mais proeminente ultimamente”, afirma em nota enviada aos clientes e ao mercado.
O Julius Baer espera que o acordo seja alcançado, assim como já ocorreu no passado, mesmo diante de debates mais intensos. Mas, se ocorrer, a inadimplência poderia impulsionar mais o ouro, “pois esmagaria a confiança no dólar americano como moeda de reserva mundial, o que pesaria fortemente sobre o dólar e traria os investidores de volta ao mercado de ouro”, acredita o banco suíço.
A relação ouro/prata, que voltou a subir mais recentemente, mostra um desempenho superior do ouro como o porto seguro definitivo sobre a prata, no entendimento do banco.
O aprofundamento das tensões e cautela sobre um possível default, com impactos na economia e os mercados financeiros, vinha pressionando os preços. No entanto, com o avanço das tratativas nos últimos dias, começou ontem uma pressão sobre os preços do ouro e prata.
“Nossa visão geral sobre o ouro permanece inalterada: uma recessão curta e superficial nos EUA e uma reversão relacionada da política monetária são precificadas, enquanto a falta de demanda de investimento coloca os preços em uma base um tanto mais branda”, reforça Carsten Menke, chefe de pesquisa de próxima geração da Julius Baer.