SÃO PAULO (Reuters) - A empresa de assitência técnica e extensão rural Emater-RS intensificou as avaliações sobre os efeitos das últimas geadas para a safra gaúcha e descartou prejuízos significativos ao milho verão e ao trigo, conforme relatório divulgado nesta quinta-feira.
A companhia ligada ao governo do Rio Grande do Sul também citou relatos de avanço no plantio de milho primeira safra 2022/23, mas sem detalhar o percentual médio de área semeada no Estado.
As lavouras de trigo estão em desenvolvimento e foram identificados danos pelas geadas ocorridas em meados do dia 20 de agosto somente em pequenas áreas de topografia mais baixa, que se encontravam em floração.
"Contudo, considerando a dimensão e a intensidade dos sintomas, pode-se afirmar que o potencial produtivo da cultura não foi prejudicado", disse a Emater.
Sobre o milho, a empresa notou queima de folhas expostas em lavouras implantadas no início do mês, mas que não comprometeu o estande da planta, que ainda se encontrava sob o solo.
Após a passagem do frio extremo, a elevação das temperaturas e as condições de umidade do solo adequadas permitiram o avanço no plantio do cereal de verão.
Na regional de Bagé, na fronteira oeste do Estado, os produtores de Alegrete e São Gabriel aproveitaram o clima com poucas chuvas e temperaturas elevadas para iniciarem a implantação das lavouras de milho, alcançando respectivamente 20% e 30% da área prevista.
Ainda segundo a Emater, na regional de Santa Rosa o plantio avançou de forma escalonada, já atingindo 57% da área prevista. No entanto, "são recorrentes os relatos de ataques de cigarrinhas, que ocorrem em praticamente todos os municípios", alertou.
(Reportagem de Nayara Figueiredo)