Por Roberto Samora
SÃO PAULO (Reuters) - As exportações do agronegócio brasileiro bateram no mês passado recorde para os meses de outubro, somando 14,27 bilhões de dólares, com aumento de 6,2% em relação ao mesmo mês de 2023, impulsionadas por volumes históricos de café, carne bovina e farelo de soja, de acordo com dados do Ministério da Agricultura publicados nesta quinta-feira.
O resultado, influenciado no geral por aumentos dos volumes (+3,7%) e de preços (+2,5%), permitiu que as exportações do agronegócio do Brasil voltassem a apresentar um crescimento no acumulado do ano, após ficarem no negativo até agosto e setembro.
"Se olharmos para a quantidade de produtos exportados, o Brasil só vem aumentando. Se observarmos os dados de janeiro a setembro de 2024, nossas exportações caíram 0,2%, mas, com os dados até outubro... já revertemos a tendência", afirmou o secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, em nota.
Entre janeiro e outubro, as exportações do agronegócio somaram 140,02 bilhões de dólares, crescimento de 0,7% em relação ao mesmo período em 2023.
No acumulado do ano, as exportações do setor estão sofrendo com a queda de 15,6% na receita de seu principal produto de exportação, a soja, afetada pelo preço médio menor, segundo dados do ministério.
Até outubro, os embarques da oleaginosa renderam 40,96 bilhões de dólares, enquanto foram recordes no ano passado.
No mês passado, destacaram-se as exportações de carne bovina, café e farelo de soja que marcaram recordes históricos em volumes, segundo dados oficiais e do setor privado divulgados anteriormente.
O agronegócio representou quase metade da pauta exportadora total brasileira de janeiro a outubro, com 49,2%.