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Futuros de ouro recuperam-se 2% devido a tensões na Síria

Publicado 27.08.2013, 10:57
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Investing.com – Os contratos futuros de ouro recuperaram-se para uma alta de 12 semanas nesta terça-feira, sendo negociados firmemente acima do nível de US$ 1.400, uma vez que a compra de porto seguro aumentou em meio a especulações cada vez maiores de que os EUA estão se aproximando de tomar ação militar contra o governo sírio.

Os investidores geralmente compram ouro como um refúgio contra as incertezas políticas.

Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os contratos futuros de ouro para entrega em dezembro foram negociados a US$ 1.420,00 por onça-troy nas negociações norte-americanas da manhã, subindo 1,9%. Na segunda-feira, o contrato de dezembro caiu 0,2%, para US$ 1.393,10 por onça-troy.

No início do dia, os futuros subiram até 2%, para US$ 1.422,00 por onça-troy, uma alta da sessão e o nível mais forte desde 6 de junho.

Espera-se que os contratos futuros de ouro encontrem suporte em US$ 1.351,90 por onça-troy, a baixa de 20 de agosto, e resistência de curto prazo em US$ 1.428,55, a alta de 15 de maio.

O Secretário de Defesa, Hagel, disse mais cedo que as forças militares norte-americanas estão prontas para agir imediatamente caso o presidente Barack Obama ordene uma ação contra a Síria na onda das alegações de que o governo de Bashar al-Assad utilizou armas químicas contra os civis.

Os comentários de Hagel foram feitos um dia após o Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, ter dito que o presidente Obama responsabilizará o governo sírio por utilização de armas químicas.

Também na segunda-feira, o Secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague, disse que o país está convencido de que Assad está por trás do ataque com armas químicas e que havia um acordo com os EUA e França sobre a necessidade de retaliação.

Enquanto isso, persistiram as incertezas sobre quando o Banco Central dos EUA (Fed) começará a reduzir suas medidas de estímulo após dados de ontem terem mostrado que os pedidos de bens duráveis nos EUA caíram em julho.

O Ministério do Comércio dos EUA informou que os pedidos de bens duráveis caíram 7,3% no mês passado, pior que as expectativas de uma queda de 4%. Foi a maior queda desde agosto de 2012.

Os dados foram divulgados após um relatório de sexta-feira ter mostrado que as vendas de imóveis residenciais novos caíram 13,4% em julho, mais que o projetado e a maior queda em mais de três anos.

Os traders de ouro vêm acompanhando atentamente os relatórios sobre dados norte-americanos na tentativa de medir se esses dados fortalecerão ou enfraquecerão a possibilidade de o Fed reduzir as compras de ativo.

O banco central está programado para se reunir nos dias 17 e 18 de setembro para revisar a economia e avaliar a política monetária.

O metal precioso recuperou-se 17% desde que atingiu uma baixa de 34 meses de US$ 1.180,15 por onça-troy em 28 de junho.

Apesar dos ganhos recentes, o metal precioso ainda está no caminho de registrar uma perda de quase 16% no ano em meio a preocupações de que o Fed começará a reduzir seu programa de compra de ativos até o final do ano.

Um fim do estímulo pode ser um golpe para o ouro, que tem prosperado na demanda oriunda dos investidores que compram ouro a hedge em relação a riscos inflacionários de políticas monetárias flexibilizadas.

Na divisão Comex, a prata para entrega em dezembro alavancou 2,45%, para US$ 24,64 por onça-troy, o nível mais forte desde 26 de abril.

O preço da prata subiu até 26% desde que atingiu US$ 18,19 em 28 de junho, uma baixa de três anos, estabilizando-se no território otimista.

Enquanto isso, o cobre para entrega em dezembro subiu 1,1%, para US$ 3,364 por libra-peso.

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