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Futuros de petróleo se recuperam de baixa de 6 meses; Grécia em foco

Publicado 17.05.2012, 04:48
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Investing.com – Os contratos futuros de petróleo ficaram em alta durante as negociações europeias da manhã desta quinta-feira, uma vez que a queda do dia anterior, para o nível mais baixo desde novembro, criou oportunidades de barganha para os investidores, mas o sentimento permaneceu vulnerável em meio a temores relacionados a uma potencial saída grega da zona do euro.

Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os futuros de petróleo leve e doce para entrega em junho foram negociados a US$ 93,40 o barril durante as negociações europeias da manhã, subindo 0,65%.

Anteriormente, os futuros subiram até 2,4%, para negociação em uma alta da sessão, a US$ 93,71 por barril.

Os preços chegaram a US$ 91,81 por barril na quarta-feira, a maior baixa desde 3 de novembro de 2011.

Os futuros de petróleo apresentaram um rápido declínio desde que o resultado das eleições de 6 de maio na Grécia colocaram em dúvida o futuro do acordo de resgate internacional do país e alimentaram os temores de uma possível saída grega da zona do euro.

O contrato WTI para junho perdeu mais de 11% desde o início de maio.

Mas os futuros se recuperaram hoje, uma vez que a queda acentuada provocou compra mais barata por parte dos traders relutantes, que contavam que os preços cairiam ainda mais após os futuros entrarem em território de sobrevenda.

Os participantes do mercado notaram um forte apoio dos preços ao nível de US$ 92,75 por barril.

Apesar dos ganhos do dia, o sentimento do mercado deve permanecer frágil porque a endividada Grécia convocou novas eleições, que ocorrerão em 17 de junho. A votação provavelmente determinará se o país altamente endividado permanece na zona do euro.

As preocupações com a saúde do setor bancário do país também vão provavelmente manter o sentimento com o pé atrás, após o surgimento de relatos, na quarta-feira, de que o Banco Central Europeu (BCE) parou de fornecer liquidez para alguns bancos gregos, porque eles não foram recapitalizados com sucesso.

O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, disse que a saída da Grécia pode minar a confiança na zona do euro e provocar outra crise de liquidez.

Há preocupações de que a crise da dívida soberana da região possa provocar uma ampla desaceleração econômica que pode diminuir a procura pelo petróleo. Segundo dados da British Petroleum, a zona do euro representou quase 12% do consumo global de petróleo em 2010.

Enquanto isso, um crescimento maior que o esperado nos estoques de petróleo dos EUA, na semana passada, está forçando os traders a focarem no cenário de fornecimento e demanda.

O Ministério de Minas e Energia dos EUA disse em seu relatório semanal que os estoques de petróleo bruto aumentaram em 2,1 milhões de barris na semana passada, para um total de 381,6 milhões a partir da semana passada, o maior nível desde agosto de 1990, dando suporte aos temores acerca de uma desaceleração na demanda de petróleo por parte dos EUA.

A Enbridge and Enterprise Products Partners estava programada para reverter os fluxos no gasoduto Seaway, bombeando petróleo do sul de Cushing, Oklahoma, para a Costa do Golfo, o que poderia aliviar um excesso de oferta dos EUA.

Os EUA é o maior consumidor mundial de petróleo, responsável por quase 22% da demanda global de petróleo.

Na ICE Futures Exchange, os contratos futuros de petróleo Brent para entrega em junho caíram 0,1% e foram negociados a US$ 109,70 por barril, com o spread entre os contratos Brent e de petróleo ficando em US$ 16,30.

O petróleo Brent, a referência europeia, está mais que 14% abaixo de sua alta intradiária de US$ 128,38 atingida em 1 de março.

Uma perda potencial do fornecimento do petróleo iraniano ajudou a sustentar os fortes ganhos dos preços do petróleo durante o ano passado e o primeiro trimestre deste ano.

Mas as negociações entre o Irã e as grandes potências sobre as ambições nucleares do Teerã, junto com a crescente produção da Arábia Saudita e Líbia e sinais de um crescimento econômico norte-americano e de emprego no país mais lento, ajudaram a recuar os preços do petróleo das altas do primeiro trimestre.

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