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Governo descarta venda de hidrelétricas antigas da Eletrobras e foca desestatização

Publicado 23.08.2017, 19:27
© Reuters. Sede da Eletrobras no centro do Rio de Janeiro
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Por Luciano Costa

SÃO PAULO (Reuters) - Uma proposta inicial do governo de vender a terceiros hidrelétricas antigas da Eletrobras (SA:ELET3) para levantar recursos para o Tesouro já foi descartada, e agora o foco é em esforços para viabilizar a desestatização da elétrica, que deve acontecer com uma emissão de ações que diluirá a participação da União na empresa para uma fatia minoritária.

O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Paulo Pedrosa, disse à Reuters nesta quarta-feira que a ideia é que a Eletrobras pague um bônus à União pelo direito de assinar um novo e mais vantajoso contrato para a venda da energia dessas usinas.

Esse bônus, que a pasta estima que poderia somar 20 bilhões de reais, seria pago pela companhia com recursos obtidos na oferta de ações.

"Fica descartada (a venda das usinas a outras empresas). Hoje a visão é de que não. O que venderemos será a Eletrobras... é uma solução muito melhor e mais inteligente", disse Pedrosa.

A Eletrobras possui hoje 14 hidrelétricas aptas a essa mudança de regime de comercialização. Esses empreendimentos prorrogaram concessões em 2013 em um sistema chamado de "cotas", em que direcionam a produção às distribuidoras de eletricidade por preços bastante abaixo de mercado.

No novo contrato, de 30 anos, as usinas poderão vender a eletricidade a preços pelo menos três vezes maiores, segundo estimativa do analista de mercado da comercializadora de energia Safira, Lucas Rodrigues.

Após o governo anunciar na segunda-feira que pretende desestatizar a Eletrobras, executivos do setor elétrico ainda tinham dúvidas quanto à continuidade do plano para uma eventual venda de ao menos algumas das hidrelétricas da empresa a terceiros.

O presidente da Engie Brasil Energia, Eduardo Sattamini, chegou a dizer que a elétrica teria interesse em avaliar a aquisição desses ativos caso fossem oferecidos ao mercado.

A venda do controle da Eletrobras faz parte de um pacote de reforma nas regras do setor elétrico que o governo pretende levar ao Congresso em outubro. Inicialmente, as propostas previam a possibilidade de venda de usinas da Eletrobras, e não a desestatização da companhia.

APENAS ELETROBRAS

O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia também disse que não está nos planos propor uma alteração no regime de cotas para outras hidrelétricas que não as da Eletrobras.

Em 2015, o governo vendeu a concessão de outras 29 hidrelétricas antigas a novos investidores, e essas usinas direcionaram obrigatoriamente 70 por cento de sua energia às distribuidoras no modelo de cotas.

© Reuters. Sede da Eletrobras no centro do Rio de Janeiro

Pedrosa ressaltou, porém, que na época já foi cobrado um bônus de outorga junto aos vencedores da licitação e que as tarifas praticadas por essas usinas são mais altas do que as das hidrelétricas da Eletrobras.

"Não parece haver aí uma oportunidade de capturar valor... ali a captura de recursos já aconteceu, a licitação já teve esse viés", disse.

Entre as empresas que arremataram usinas nesse certame de 2015 estão a chinesa China Three Gorges, a italiana Enel (MI:ENEI) Green Power e as brasileiras Cemig (SA:CMIG4), Copel (SA:CPLE6), Celg e Celesc (SA:CLSC4).

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