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Investing.com – Os futuros norte-americanos de grãos apresentaram forte queda nesta segunda-feira, uma vez que a aversão ao risco dominou os mercados de commodities em meio a maiores temores com uma saída conturbada da Grécia da zona do euro.
Os gregos rejeitaram de forma esmagadora as condições para um pacote de resgate de credores em um plebiscito no domingo, somando-se às dúvidas sobre o futuro da Grécia na zona do euro e aumento um impasse com seus credores.
As bolsas europeias despencaram nesta segunda-feira e os rendimentos dos títulos italianos, espanhóis e portugueses caíram após a forte vitória da campanha do "Não" no domingo.
O euro caiu 0,75%, para 1,1028, após ter atingido uma baixa da sessão de 1,0970. O índice do dólar, que avalia a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, subiu 0,3% para 96,66, impulsionado por um euro mais fraco.
Em um movimento surpresa, o ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, renunciou nesta segunda-feira, apesar dos resultados do plebiscito. Em um comunicado, Varoufakis disse que sua decisão foi motivada em parte por "alguns participantes europeus" que expressaram um desejo de que quaisquer futuras negociações acabassem.
A chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, François Hollande, devem se reunir em Paris nesta segunda-feira à tarde, ao passo que os líderes da zona do euro devem realizar uma conferência na terça-feira para discutir o resultado do plebiscito grego.
Autoridades europeias indicaram que só vão continuar a financiar a Grécia em troca de profundas reformas econômicas.
Na Bolsa Mercantil de Chicago, o trigo norte-americano com vencimento em setembro recuou 13,98 centavos, ou 2,37%, para US$ 5,7562 por bushel, durante as negociações norte-americanas da manhã.
No final do dia, o Departamento da Agricultura dos EUA (USDA) divulgará números atualizados sobre o progresso da safra para a semana encerrada em 5 de julho.
Aproximadamente 38% da safra norte-americana de trigo de inverno foi colhida até 29 de junho, em comparação com 19% da semana anterior. Aproximadamente 42% da safra foi colhida na mesma semana do ano passado, ao passo que a média de cinco anos para esta época do ano é 46%.
A projeção do USDA é de que as reservas de trigo no mercado interno a partir de 1 de junho fiquem em 753 milhões de bushels na semana passada, acima dos 590 milhões na mesma data do ano anterior. Segundo o USDA, os agricultores nos EUA plantarão 56,079 milhões de acres de trigo neste ano, em comparação com 56,822 milhões em 2014.
Enquanto isso, o milho norte-americano com vencimento em setembro caiu 7,73 centavos, ou 1,81%, para US$ 4,1988 por bushel. O milho atingiu uma alta de sete meses de US$ 4,3060 em 2 de julho, após o USDA ter estimado que os agricultores norte-americanos tinham plantado 88.897 milhões de acres de milho neste ano, abaixo dos 90,597 milhões no ano passado.
Um relatório separado do USDA mostrou que os estoques de milho no mercado interno totalizaram 4,447 bilhões de bushels em 1 de junho, em comparação com 3,852 bilhões de bushels nessa data no ano passado.
Na Bolsa Mercantil de Chicago, a soja norte-americana com vencimento em agosto despencou 19,2 centavos, ou 1,85%, para US$ 10,1900. Os preços da oleaginosa atingiram uma alta de sete meses de US$ 10,5460 em 1 de julho, após o USDA ter dito que os agricultores norte-americanos vão plantar 85.139 milhões de acres de soja neste ano, em comparação com 83,701 milhões no ano passado.
Segundo o USDA, os estoques domésticos no início de junho totalizaram 625 milhões de bushels, acima dos 405 milhões um ano antes.
Embora as estimativas dos estoques de soja e milho tenham sido ambas altas em comparação com o ano anterior, os resultados vieram abaixo das expectativas do mercado, devido à forte demanda pelas commodities.
O milho é a maior safra norte-americana, seguido pela soja, segundo estatísticas do governo. O trigo ocupa o quarto lugar, atrás do feno.