BBAS3: Por que as ações do Banco do Brasil sobem hoje?
Investing.com – As cotações do petróleo dispararam recentemente com a intensificação do conflito entre Israel e Irã, elevando os temores de interrupções na oferta vinda do Oriente Médio. O Goldman Sachs (NYSE:GS) avalia que há espaço para o Brent superar os US$ 90 por barril no curto prazo.
Às 11h25 de Brasília, os contratos futuros do Brent para agosto recuavam 3,64%, negociados a US$ 71,56 o barril, enquanto o WTI recuava 3,60%, cotado a US$ 68,69. Os dois benchmarks devolvem parte dos ganhos recentes após atingirem na sexta-feira o maior nível em mais de quatro meses.
Segundo informações do Wall Street Journal, o Irã estaria buscando um cessar-fogo com Israel através de intermediários e poderia retomar as tratativas sobre seu programa nuclear com os Estados Unidos.
O banco norte-americano incorporou um prêmio de risco geopolítico mais elevado em sua curva de preços ajustada para o verão de 2025. Ainda assim, afirma que “mantemos a premissa de que não haverá interrupções no fornecimento de petróleo no Oriente Médio e nossa projeção base continua sendo de que o forte crescimento da oferta fora do xisto dos EUA reduzirá os preços do Brent/WTI para US$ 59/55 no quarto trimestre de 2025 e para US$ 56/52 em 2026”.
Dito isso, o Goldman reconhece que o risco geopolítico se intensificou de forma acentuada e, por isso, passou a considerar cenários alternativos com risco de alta para os preços.
No primeiro cenário alternativo, considera-se que um possível dano à infraestrutura de exportação do Irã reduza a oferta do país em 1,75 milhão de barris por dia ao longo de seis meses, com recuperação gradual posterior.
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“Assumindo ainda que a produção adicional dos países centrais da Opep+ compense metade dessa queda, estimamos que o Brent atinja um pico pouco acima de US$ 90 por barril, recuando depois para a faixa dos US$ 60 em 2026, à medida que a produção iraniana se restabelece”, escreveram os analistas do banco em relatório.
O banco alerta que os preços podem subir ainda mais em cenários extremos, nos quais a produção ou o transporte de petróleo em toda a região do Golfo sejam afetados.
Embora uma paralisação no Estreito de Hormuz — rota por onde passa cerca de um quinto da produção mundial de petróleo — seja considerada improvável, o risco atrai atenção de investidores e formuladores de políticas, especialmente porque os principais produtores da Opep+ podem não conseguir ativar rapidamente sua capacidade ociosa nesse cenário extremo.
“Com base em análises anteriores, estimamos que os preços do petróleo podem superar US$ 100 por barril em caso de uma interrupção prolongada de grande escala”, conclui o Goldman Sachs.