PEQUIM (Reuters) - Os contratos futuros do minério de ferro obtiveram ganhos pela segunda sessão nesta terça-feira, à medida que dados de empréstimos melhores do que o esperado da China, principal consumidor de minério de ferro, um iuan mais forte e a expectativa de reabastecimento antes do feriado reforçaram o sentimento dos investidores.
O minério de ferro de referência de outubro na Bolsa de Cingapura subiu 1,19%, para 118,75 dólares a tonelada, atingindo seu nível mais alto desde 31 de março.
O minério de ferro de janeiro mais negociado na Dalian Commodity Exchange (DCE) encerrou o dia com alta de 1,96%, a 859 iuanes (117,76 dólares) a tonelada, atingindo o nível mais alto desde 7 de setembro.
Os bancos chineses concederam 1,36 trilhão de iuanes em novos empréstimos em agosto, acima dos 345,9 bilhões de iuanes em julho, mostraram dados do Banco Popular da China na segunda-feira, acima dos 1,20 trilhão de iuanes estimados em uma pesquisa da Reuters.
No início da segunda-feira, dados do Escritório Nacional de Estatísticas da China mostraram que o índice de preços ao consumidor subiu 0,1% em agosto em relação ao ano anterior, depois de cair 0,3% no mês anterior.
"Dados de crédito chineses melhores do que o esperado, sinalizando a estabilização da demanda das famílias por hipotecas, também impulsionaram o sentimento", disseram analistas do banco ING em uma nota.
Outros ingredientes de fabricação de aço também se fortaleceram, com o carvão de coque e o coque em Dalian subindo 5,06% e 2,88%, respectivamente, atingindo seus níveis mais altos em seis meses.
"A última rodada de propostas para aumentar os preços do coque entre as usinas de coque impulsionou o sentimento", disse Pei Hao, analista da corretora internacional FIS, com sede em Xangai.
Os índices de referência do aço na Bolsa de Futuros de Xangai avançaram de modo geral em meio ao aumento dos preços das matérias-primas.
O vergalhão subiu 1,36%, a bobina laminada a quente avançou 1,52% e o fio-máquina ficou praticamente estável. O aço inoxidável caiu 1,02%.
Uma pesquisa da Reuters com 76 analistas, com base dentro e fora da China continental, previu que a economia cresceria 5,0% este ano, abaixo da previsão de expansão de 5,5% feita em julho.
(Reportagem de Amy Lv e Dominique Patton em Pequim)