Por Amy Lv e Mei Mei Chu
PEQUIM (Reuters) - Os contratos futuros de minério de ferro subiram pela segunda sessão consecutiva nesta sexta-feira, sustentados pela diminuição das preocupações com as perspectivas de demanda na China, o maior consumidor mundial de minério, e pelo fortalecimento das apostas de um corte na taxa de juros pelo Federal Reserve dos EUA em setembro.
O contrato de setembro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com alta de 0,72%, a 839,5 iuanes (115,90 dólares) a tonelada, após um aumento de quase 1% na quinta-feira.
O minério de ferro, referência para julho na Bolsa de Cingapura, subia 0,51%, a 109,35 dólares a tonelada.
O mercado espera que a produção diária de metais quentes permaneça acima do nível atual, em meio a conversas sobre um corte de produção de até 20 milhões de toneladas de aço bruto este ano, disseram analistas da Jinrui Futures em uma nota.
A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, que disse no início de abril que continuaria a gerenciar a produção de aço bruto em 2024, ainda não respondeu a um pedido de comentário da Reuters enviado na quinta-feira.
A produção média diária de metal quente entre as siderúrgicas pesquisadas caiu pela terceira semana consecutiva, 0,03% na semana, para 2,36 milhões de toneladas em 7 de junho, mostraram dados da consultoria Mysteel.
"Alguns comerciantes fecharam suas posições vendidas em produtos siderúrgicos em meio a conversas no mercado sobre o corte de produção de aço, contribuindo para uma recuperação no mercado de ferrosos", disseram analistas da Hongyuan Futures em uma nota.
O dólar norte-americano mais fraco em meio a dados recentes mais fracos do que o esperado, que reforçaram as esperanças de um corte nas taxas de juros, também apoiou as commodities em geral, incluindo o minério de ferro e o aço, disseram os analistas.
As importações de minério de ferro da China em maio ficaram acima de 100 milhões de toneladas pelo terceiro mês consecutivo, elevando o total nos primeiros cinco meses do ano para 513,75 milhões de toneladas, um aumento de 7% em relação ao ano anterior, segundo dados da alfândega.
(Reportagem de Amy Lv e Mei Mei Chu)