Investing.com - Preços do ouro subiam a seu nível mais alto desde a metade de abril durante as negociações desta segunda-feira na América do Norte, já que agentes do mercada aguardavam eventos possivelmente mobilizadores ainda durante a semana.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York, contratos futuros de ouro atingiram o pico na sessão de US$ 1.286,00 a onça troy, nível não visto desde 21 de abril. Estava cotado a US$ 1.284,99 às 9h30 (horário de Brasília), alta de U$ 4,80 ou cerca de 0,4%. Enquanto isso, o ouro spot era cotado a US$ 1.282,51 a onça.
Ainda na divisão Comex, contratos futuros da prata ganhavam US$ 0,025, ou cerca de 0,2%, e era negociados a US$ 17,54 por onça troy. Chegaram à máxima de US$ 17,59 durante a noite, nível não visto desde 26 de abril.
A Europa provavelmente determinará o tom dos mercados financeiros esta semana, com a reunião de política monetária do Banco Central Europeu e as eleições gerais do Reino Unido ocupando as mentes dos investidores.
Enquanto isso, nos EUA, agentes do mercado estarão muito atentos ao depoimento de James Comey, ex-diretor do FBI, perante a Comissão de Inteligência do Senado, o que pode aumentar as dificuldades enfrentadas pelo presidente Donald Trump.
O ouro obtinha sustentação a partir de novas tensões geopolíticas no Oriente Médio, já que a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, o Bahrein e o Egito cortaram relações com o Qatar nesta segunda-feira após acusarem o país de apoiar o terrorismo, um rompimento sem precedentes entre os países mais poderosos do Conselho de Cooperação do Golfo.
Por outro lado, investidores reagiam ao ataque terrorista de sábado em Londres - o terceiro ataque na Grã-Bretanha nos últimos meses - que deixou sete mortes e também alguns feridos após uma van atropelar pedestres na London Bridge.
No domingo, a polícia do Reino Unido afirmou que 12 pessoas foram presas no leste de Londres e teriam conexão com o ataque. O Estado Islâmico assumiu a responsabilidade.
O ataque aconteceu poucos dias antes das eleições britânicas na próxima quinta-feira, nas quais as pesquisas apontam que Theresa May, primeira-ministra britânica, diminuiu a vantagem sobre o Partido Trabalhista, mas ainda permanece na frente.
O ouro é normalmente visto como uma alternativa em momentos de incerteza econômica global e um refúgio em relação aos riscos financeiros.
Além disso, agentes do mercado se concentrarão em mais dados norte-americanos nesta segunda-feira na busca de mais sinais da possível trajetória dos aumentos dos juros do Federal Reserve até o fim do ano.
Nesta segunda-feira, os dados do PMI do setor de serviços em maio serão divulgados às 10h45 (horário de Brasília), enquanto os dados da atividade empresarial não manufatureira do Instituto de Gestão de Fornecimento em maio e as encomendas à indústria em abril estão marcados para as 11h (horário de Brasília).
Na última sexta-feira, dados mostraram que o crescimento dos empregos nos EUA diminuiu em maio e o aumento dos empregos no meses anteriores não foram fortes como previamente relatados, sugerindo que o mercado de trabalho estaria perdendo fôlego mesmo com a taxa de empregos caindo à mínima de 16 anos.
A maioria dos analistas acredita que os dados fracos não impedirão que o Fed eleve as taxas de juros na reunião deste mês, mas investidores esperam uma trajetória mais conciliadora no segundo semestre do ano.
Ainda sobre comércio de metais, a platina subia 0,5%, cotada a US$ 958,00 enquanto o paládio avançava 0,4% para US$ 838,65 a onça.
Contratos futuros do cobre perdiam US$ 0,018 e estavam cotados a US$ 2,556 por libra.