Investing.com - A cotação do ouro permanecia estável na mínima de seis meses nesta quarta-feira, com o dólar subindo e as tensões comerciais diminuindo.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York, os contratos futuros de ouro recuavam 0,20% para US$ 1.276,10 a onça troy por volta das 11h38.
As tensões comerciais entre os EUA e a China ainda permaneciam na mente dos investidores, já que as duas maiores economias do mundo enfrentavam retaliações em relação às tarifas comerciais.
As bolsas caíram na terça-feira depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou impor tarifas sobre outros US$ 200 bilhões em produtos chineses caso a China se recusasse a "mudar suas práticas", disse ele.
Os investidores muitas vezes recorrem ao ouro em tempos de incerteza política, já que o metal precioso é frequentemente considerado um porto seguro em relação ao impacto da geopolítica, mas o ouro tem lutado em meio aos mais recentes riscos políticos devido à força do dólar.
O ouro é cotado na moeda norte-americana e é sensível a movimentos do dólar. O metal se torna mais caro para detentores de outras moedas quando o dólar sobe e mais barato quando cai.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, avançava 0,12% para 94,76.
O dólar operava em alta depois que o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, reiterou seu plano de aumentos graduais de juros, citando o fortalecimento da economia norte-americana.
“Hoje, com a economia forte e os riscos para as perspectivas equilibradas, a circunstância para aumentos graduais contínuos na taxa dos fundos federais continua forte e amplamente apoiada entre os participantes do FOMC”, disse Powell no Fórum do BCE sobre Bancos Centrais em Sintra, Portugal.
O Fed elevou as taxas de juros duas vezes neste ano, com a possibilidade de ainda mais dois aumentos até o final do ano.
Ainda na divisão Comex, os contratos futuros da prata tinham queda de 0,05% e eram negociados a US$ 16,315 por onça troy. Quanto a outros metais preciosos, a platina avançava 0,75% para US$ 871,40, enquanto o paládio avançava 0,46% para US$ 964,70 a onça. Os contratos futuros do cobre tinham perdas de 0,66% e estavam cotados a US$ 3,027 por libra.