O contrato mais líquido do ouro fechou em alta nesta segunda-feira, 9, com a desvalorização do dólar ante rivais em foco, visto que a commodity é cotada na moeda americana. Ainda, o metal também foi beneficiado pela queda dos rendimentos dos Treasuries, que competem com o ouro na busca por segurança.
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para fevereiro fechou em alta de 0,43%, a US$ 1.877,80 por onça-troy.
Segundo análise da Julius Baer, a melhora do ouro se deve, além da queda do dólar perdendo espaço como porto seguro de investimento, a uma melhora no humor do mercado.
Ainda, os bancos centrais se tornaram uma nova área de foco para o mercado do metal precioso, indica o relatório, visto que os BCs de países como China e Índia vêm aumentando suas reservas da commodity. Entretanto, o banco não vê isso como suficiente para transformar a recuperação recente em um rali duradouro.
"Acreditamos que o componente político se tornou cada vez mais importante, pois o mundo começou a se tornar cada vez mais multipolar nos últimos anos. Essa crescente multipolaridade deve sustentar as compras do banco central da China", indica a análise, acrescentando que a compra do ouro também é um movimento "antidólar".
Já o TD Securities destaca que a recuperação do ouro desafiou as expectativas de fraqueza dos analistas. Entretanto, não há evidências suficientes de que a mudança se relaciona a uma mudança macroeconômica.
A análise destaca que o aumento dos preços do euro provavelmente foi influenciado por compras da China, causando um "erro de precificação", de forma que a demanda provavelmente diminuirá para níveis normais nos próximos meses. "Isso deixaria os preços do ouro vulneráveis a uma forte consolidação mais baixa, dada a falta de compradores alternativos do ouro e seu atual erro de precificação", afirma o banco.