O ouro fechou em alta nesta quarta-feira, 13, em meio ao enfraquecimento do dólar no exterior e consolidação das expectativas para cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em junho.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para abril encerrou o pregão com alta de 0,68%, aos US$ 2.180,80 a onça-troy.
Economista-chefe de Mercados da Spartan Capiral, Peter Cardillo analisa que os metais preciosos se recuperaram neste pregão e podem entrar e um novo rali, com potencial de elevar o ouro a US$ 2.250 a onça-troy.
Na terça-feira, o metal amarelo teve forte queda, após leitura forte da inflação o consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA, o que lançou dúvidas no mercado sobre os próximos passos do Fed.
Contudo, o mercado parece ter consolidado a expectativa majoritária de cortes de juros em junho (65,4%), segundo ferramenta de monitoramento do CME Group.
De acordo com o Wall Street Journal, este cenário e as persistentes tensões geopolíticas também contribuíram o rali desta quarta-feira.
Por outro lado, o ANZ argumenta que o rali já ultrapassou os fundamentos macroeconômicos e geopolíticos, tornando provável uma retração maior nos preços do ouro no curto prazo.
Para o banco, a demanda por investimentos e os movimentos do mercado físico serão fundamentais para a direção do preço do metal no segundo semestre de 2024.
"O levantamento técnico sugere que a consolidação recente pode terminar em uma correção de preço saudável em direção a US$ 2.100 por onça-troy", prevê o ANZ.