O contrato mais líquido do ouro fechou nesta quinta-feira, 15, em baixa, em sessão marcada pela decisão de juros dos bancos centrais americano, da zona do euro e inglês, com perspectivas de recessão e a valorização do dólar ante rivais.
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para fevereiro fechou em queda de 1,70%, a US$ 1787,80 por onça-troy.
Segundo análise da Oanda, o ouro está enfraquecendo devido ao temor dos mercados de que os aperto monetários aumentem os riscos de recessão e mantenham o dólar em alta. Ontem e hoje, tanto o Federal Reserve (Fed), quanto o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês)e o Banco Central Europeu (BCE) desaceleraram o ritmo de aperto monetário e elevaram juros em 0,5 ponto porcentual.
Segundo relatório, os investidores ainda estão digerindo todas as ações do Fed e do BCE, mas o pico está chegando perto de ser precificado. "O ouro eventualmente retomará seu status de porto seguro, mas primeiro precisamos ver mais traders convencidos de que o Fed não seguirá com suas ameaças hawkish".
A decisão de juros do BC americano foi seguida do discurso do presidente da instituição, Jerome Powell, que destacou que ainda são necessárias mais evidências de que a inflação está a caminho de baixa para que o banco considere mudar sua política monetária. Segundo Edward Meir, da Marex, o ouro e outros metais preciosos, como prata e platina, perderam fôlego com as falas de Powell. "Os mercados estão em desvantagem agora, já que a decepção geral com a mensagem do Fed parece estar permeando com mais força".
A TD Securities prevê novas quedas no preço do ouro, motivadas por aquisições mais curtas do metal, com a commodity podendo chegar a menos de US$ 1,785,00 por onça-troy.
*Com informações da Dow Jones Newswires