Investing.com – Os preços do ouro lutaram abaixo do nível de US$ 1.100 nesta quinta-feira, após dados terem mostrado que o crescimento econômico dos EUA acelerou no segundo trimestre, apoiando o caso para o aumento das taxas de juros no final deste ano.
Os futuros de ouro com vencimento em dezembro na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex) atingiram uma baixa da sessão de US$ 1.081,50 por onça-troy, antes de serem negociados a US$ 1.086,70 nas negociações norte-americanas da manhã, uma queda de US$ 6,50 ou 0,59%.
Um dia antes, ouro caiu US$ 3,40, ou 0,31%, sendo negociado em US$ 1.193,30. Os futuros atingiram uma baixa de cinco anos e meio de US$ 1.072,30 em 24 de julho.
Também na Comex, os futuros de prata com vencimento em setembro caíram 4,8 centavos, ou 0,33%, para US$ 14,69 por onça-troy.
No início do dia, o Departamento do Comércio dos EUA informou que a economia cresceu 2,3% no trimestre encerrado em 30 de junho, abaixo das expectativas para o crescimento de 2,6%. A economia dos EUA cresceu 0,6% no trimestre anterior, em comparação com uma contração relatada anteriormente de 0,2%.
Os dados mostraram que o consumo pessoal aumentou 2,9% no segundo trimestre, um pouco acima das expectativas para um ganho de 2,7%, e em comparação com um aumento de 1,8% no trimestre anterior. Os gastos dos consumidores geralmente respondem por quase 70% do crescimento econômico dos EUA.
Ao mesmo tempo, o Departamento do Trabalho dos EUA informou que a quantidade de indivíduos que entraram com novo pedido de seguro-desemprego subiu na semana passada em 12.000, para 267.000, do total da semana anterior de 255.000. Os analistas esperavam que os pedidos de seguro-desemprego nos EUA aumentassem de 15.000 para 270.000 na semana passada.
Os novos pedidos de seguro-desemprego têm permanecido abaixo do nível de 300.000 durante 21 semanas consecutivas, geralmente associado a um fortalecimento do mercado de trabalho.
O índice do dólar, que avalia a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, subiu 0,31% para 97,52, no início do dia, acima dos 97,08 do fechamento de quarta-feira.
Um dólar norte-americano mais forte geralmente pesa sobre o ouro, porque a moeda diminui o apelo do metal como um ativo alternativo e torna as commodities negociadas em dólar mais caras para os detentores de outras moedas.
O dólar foi impulsionado após o Banco Central dos EUA (Fed) ter sido mais otimista sobre a economia após a reunião de política, deixando a porta aberta para um aumento das taxas de juros até setembro.
Na sua declaração de taxas publicada na quarta-feira, o Fed descreveu a economia como em expansão "moderada", atualizando ao mesmo tempo seu ponto de vista sobre os mercados de trabalho e de habitação.
O banco central não deu nenhuma indicação clara do prazo do novo aumento das taxas, mas deixou espaço para atuar no início de setembro, citando ganhos "sólidos" no mercado de trabalho e melhoria "extra" no setor de habitação.
O ouro tem estado sob forte pressão de vendas nos últimos meses, em meio a especulações de que o Banco Central dos EUA (Fed) vai aumentar as taxas de juros neste outono, pela primeira vez noves anos.
As expectativas de uma taxa de empréstimo maior no futuro são consideradas pessimistas para o ouro, uma vez que o metal precioso se esforça para competir com ativos de alto rendimento, quando as taxas de juros estão em ascensão.
Nas negociações de metais, o cobre com vencimento em setembro caiu 3,2 centavos, ou 1,34%, para US$ 2,375 por libra, no início do pregão em Nova York. Os preços atingiram uma baixa de seis anos de US$ 2,336 na segunda-feira.
O Shanghai Composite indicou novamente aos investidores uma volatilidade nesta quinta-feira, com as ações despencando drasticamente na última hora do pregão em meio a relatos de que os bancos chineses estavam investigando sua exposição ao mercado de ações.
Os mercados de ações na China operaram em queda no início dessa semana, obrigando os legisladores a intervir e fornecer medidas para aumentar a liquidez e acalmar os investidores.
Os reguladores chineses se comprometeram a comprar mais ações para estabilizar os mercados, ao passo que o banco central do país insinuou mais flexibilização da política se necessário.
Na segunda-feira, o Shanghai Composite caiu 8,5%, a maior queda em um dia desde fevereiro de 2007, em meio a relatos de que a compra governamental de títulos e valores mobiliários desacelerou.
Os participantes do mercado estão preocupados com que a queda no mercado de ações se espalhe para outras partes da economia, provocando temores de que a demanda da nação pelo metal industrial caia.
A China é o maior consumidor mundial de cobre, respondendo por quase 40% do consumo mundial no ano passado.