Investing.com - Os futuros do ouro operaram em forte queda nesta segunda-feira, mas ainda ficaram na faixa de negociação familiar, uma vez que os participantes do mercado se preparam para o primeiro aumento de taxas nos EUA desde 2006 nesta emana.
O Banco Central dos EUA (Fed) deve aumentar as taxas de juros pela primeira vez em quase uma década na conclusão da sua reunião de política de dois dias às 14h, horário do leste dos EUA, na quarta-feira. O banco central também vai divulgar suas projeções de crescimento econômico e taxa de juros mais recentes.
A presidente do Fed, Janet Yellen, deve participar de uma coletiva de imprensa de 30 minutos, após a divulgação da declaração do Fed, uma vez que os investidores estão aguardando sinais sobre o aumento das taxas de juros. Muitos do mercado preveem um aumento gradual em meio a preocupações com o crescimento fraco no exterior e políticas monetárias divergentes entre os EUA e outras nações.
O índice do dólar, que avalia a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, subiu 0,4% para 98,00. As commodities vendidas em dólar tornam-se mais caras para os investidores detentores de outras moedas quando a moeda dos EUA sobe.
O ouro, com vencimento em fevereiro, caiu US$ 10,30, ou 0,96%, na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), e foi negociado a US$ 1.065,60 por onça-troy nas negociações europeias da manhã. Na sexta-feira, o ouro caiu para US$ 1.061,70, o nível mais baixo desde 4 de dezembro.
O metal amarelo está no caminho para marcar uma queda anual de 9% em 2015, a terceira perda anual consecutiva, uma vez que a especulação relacionada com o momento para uma alta das taxas pelo Fed dominou o sentimento do mercado na maior parte do ano. As expectativas de um aumento da taxa de empréstimo no futuro são consideradas pessimistas para o ouro, uma vez que o metal precioso se esforça para competir com ativos de alto rendimento, quando as taxas de juros estão em ascensão.
Enquanto isso, os futuros de prata com vencimento em março caíram 8,9 centavos, ou 0,64%, sendo negociados a US$ 13,79 por onça-troy. Na sexta-feira, os preços operaram em uma baixa diária de US$ 13,75, um nível não visto desde agosto de 2009.
Em outra parte das negociações de metais, o cobre caiu de uma alta de duas semanas nesta segunda-feira, uma vez que um dólar dos EUA mais forte reduziu o apelo do metal vermelho, mas as perdas foram limitadas após a liberação de dados econômicos da China melhores do que o esperado ao longo do fim de semana.
No sábado, o National Bureau of Statistics informou que a produção industrial cresceu a uma taxa anualizada de 6,2% em novembro, o ritmo mais rápido em cinco meses.
A nação asiática é a maior consumidora mundial de cobre, respondendo por quase 45% do consumo mundial.