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Petróleo afunda 5% com temor de que atuais vacinas não consigam deter a variante ômicron

Publicado 30.11.2021, 17:24
© Reuters.
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Por Barani Krishnan

Investing.com - Os preços do petróleo sofreram um quarto golpe em cinco dias, com o alerta dos investidores de que a referência de petróleo bruto dos EUA poderia até recuar para abaixo do suporte chave de US$ 60 dólares por barril em função de temores de que as vacinas atuais possam não ser capazes de deter a propagação da recém-descoberta cepa ômicron da Covid.

O petróleo WTI, negociado em Nova York e referência de preço nos EUA, fechou em baixa de US$ 3,47, ou 5%, a US$ 66,18 por barril. O WTI perdeu quase 16% desde o seu último fechamento positivo a US$ 78.50, no dia 23 de novembro. Ele também apresenta queda de quase 23% em relação à máxima em sete anos de US$ 85,41, registada em meados de outubro.

O Brent, cotado em Londres e referência mundial de preço, fechou em queda de US$ 2,87, ou quase 4%, a US$ 70,57. O Brent perdeu quase 11% desde o seu último fechamento positivo, a US$ 82,31, há uma semana. Ele também apresenta queda de 19% em relação à sua máxima em sete anos de US$ 86,70, atingida em meados de outubro.

"Haverá alguns rebotes de a partir daqui, mas tudo faz parte da maior volatilidade devido à incerteza", disse Samir Madani, do tankertrackers.com, em um tuíte. "A bússola está girando e estamos à deriva em águas com nevoeiro durante as próximas semanas. Espere mais quedas seguidas de uma disparada depois que se chegar a um consenso em relação à ômicron".

Mais importante, se a rota atual não for contida, o WTI pode furar o suporte de US$ 60 com base apenas na atividade do gráfico de terça-feira do benchmark da commodity nos EUA, alertaram alguns investidores.

"O fato de termos furado a SMA (Simple Moving Average, ou média móvel simples) de 200 dias, de US$ 65, arma um gatilho para o suporte de US$ 60", afirmou John Kilduff, sócio fundador do fundo de hedge de energia Again Capital.

"É claro que existem vários outros marcadores de SMA de US$ 64 para US$ 61 que precisam ser retirados antes", disse Kilduff. "Mas se o mercado não alcançar alguma redenção dos receios relacionados à Covid ou de ações favoráveis da OPEP+ nos próximos dias, o nível abaixo dos US$ 60 pode ser alcançado".

A OPEP+, aliança global dos produtores de petróleo, deverá realizar a sua reunião mensal na quinta-feira. A maioria dos investidores espera que a aliança – que reúne os 13 países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, liderados pela Arábia Saudita, e outros 10 produtores de petróleo capitaneados pela Rússia – interrompa o fornecimento adicional de 400.000 barris por dia que ela já produziu ou se comprometeu em produzir desde julho, em meio a uma maior demanda por petróleo antes da descoberta da variante ômicron.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) disse que a variante ômicron representava um risco muito alto de surtos de infeção à medida que mais países fechavam as fronteiras, lançando uma sombra sobre a recuperação econômica após dois anos de pandemia. Mas alguns especialistas disseram que a variante pode se revelar mais branda do que inicialmente se temia.

O recuo do petróleo na terça-feira veio após o CEO da farmacêutica Moderna (NASDAQ:MRNA) (SA:M1RN34) ( prever que as vacinas existentes serão muito menos eficazes no combate à ômicron que às cepas anteriores do coronavírus, alertando que levaria meses até que as companhias farmacêuticas conseguissem fabricar novas vacinas específicas para a variante em escala.

"Não existe lugar no mundo, eu acho, onde [a eficácia] tenha o mesmo nível. . . que tivemos com a [variante] delta", Stéphane Bancel disse ao Financial Times em entrevista. Ele afirmou que o alto número de mutações da ômicron na proteína spike, que o vírus usa para infectar células humanas, bem como a rápida propagação da variante na África do Sul, eram indícios de que a atual leva de vacinas possa precisar de modificações no próximo ano.

"Acho que vai haver uma queda significativa", acrescentou Bancel. "Eu só não sei de quanto, porque precisamos esperar los dados. Mas todos os cientistas com quem falei. . . estão dizendo: "isto não vai ser bom".

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