Por Peter Nurse
Investing.com - Oil prices pushed higher Friday, bouncing after recent hefty losses, amid hope that major oil producers will cut global supply further, and as officials tried to play down a big jump in China's count of patients and victims this week.
Investing.com - Os preços do petróleo sobem nesta sexta-fera, se recuperando de recentes perdas. Os investidores estão sob expectativa de maior corte de produção dos principais países produtores da commodity após o susto com o grande salto do número de pacientes e de mortos pelo novo coronavírus na China esta semana.
Os preços do petróleo bruto tiveram alta de 1% em Nova York na sexta-feira (14), cotado a US$ 51,91 por barril às 12h00, enquanto os futuros do inglês Brent, referência global para o {{petróleo}}, subíam 1,4% a US$ 57,15 por barril. O petróleo está marchando para sua primeira semana positiva nas últimas seis, após observar três grandes quedas na demanda global para 2020 na última semana.
Novidades em relação ao surto de coronavírus continuam a impactar os mercados, e a província chinesa de Hubei, região no epicentro do Covid-19, reportou quase 5 mil novos casos.
Isso sugere que o aumento de quase 15 mil casos reportado um dia antes foi devido a um novo método de contagem de infecções e, assim, como disse a Organização Mundial da Saúde, não necessariamente a "ponta do iceberg" de uma epidemia ainda maior.
A Agência Internacional de Energia, a Administração de Informação de Energia dos EUA e a Organização dos Países Exportadores de Petróleo cortaram suas previsões para a demanda global de petróleo no primeiro semestre de 2020 em seus relatórios mensais publicados essa semana.
A Opep, que representa os produtores de petróleo, é a que prevê os menores impactos. A organização reduziu sua previsão de demanda em 200 mil barris por dia, citando preocupações em relação ao surto de coronavírus na China, o maior importador de petróleo do mundo.
As notícias fizeram com que crescessem as expectativas de que o grupo poderia realizar cortes mais profundos na produção. De fato, espera-se que a Opep+ - grupo que reúne os tradicionais membros da Opep e países produtores não-membros liderados pela Rússia - faça um corte adicional de 600 mil barris por dia em sua próxima reunião em março para reduzir o excesso de oferta no mercado e apoiar os preços.
A Rystad Energy, empresa independente de consultoria e análise dos mercados de petróleo e gás natural, tem dúvidas se isso será suficiente para sustentar os preços.
Tal corte pode "não ser suficiente para preencher o buraco na demanda agora aumentado pelo coronavírus", disse o vice-presidente e chefe de mercados de petróleo da Rystad Energy, Bjornar Tonhaugem, em uma declaração ontem (13).
"A desaceleração econômica na China irá causar o maior choque negativo na demanda de petróleo desde 2008", acrescentou.
Além do vírus, os mercados de petróleo ainda estão lutando contra temperaturas inesperadamente altas no hemisfério norte.
Mês passado foi o janeiro mais quente já registrado, o que causou uma queda na demanda de óleo combustível para aquecimento, gás natural e carvão nos Estados Unidos, Europa e Rússia.