Com alta de +57% HOJE, esta ação de valor pode seguir disparando após balanço
Investing.com – Os preços do petróleo operam em queda nesta terça-feira, diante da percepção de que as novas sanções da União Europeia contra a Rússia terão impacto limitado sobre o fornecimento global, ao mesmo tempo em que o agravamento das tensões comerciais entre Estados Unidos e União Europeia também afetava o sentimento dos mercados.
O enfraquecimento do dólar, embora expressivo, teve influência restrita sobre as cotações da commodity, que seguem pressionadas pelo ambiente macroeconômico adverso.
Às 7h45 de Brasília, os contratos futuros do Brent para setembro recuavam 0,77%, a US$ 68,72 por barril, enquanto o West Texas Intermediate (WTI) caía 0,76%, cotado a US$ 65,45 por barril.
Escalada de atritos tarifários entre EUA e UE pressiona mercados
O clima entre os dois lados do Atlântico deteriorou-se após relatos de que Washington estaria propondo a imposição de tarifas mínimas de 15% sobre bens provenientes da União Europeia, medida que surpreendeu autoridades em Bruxelas e levou a ameaças de retaliação contra produtos norte-americanos.
Em nota a clientes, analistas do ANZ Bank advertiram que o “impasse nas negociações comerciais pode comprometer o desempenho econômico e reduzir a demanda por petróleo bruto”, sobretudo se os Estados Unidos adotarem alíquotas mais agressivas contra o bloco europeu.
As tarifas europeias, somadas a tributos contra outros grandes parceiros comerciais dos EUA, estão previstas para vigorar a partir de 1º de agosto — data considerada como “limite definitivo” por autoridades da Casa Branca. As medidas incluem, segundo fontes, tarifas de 25% sobre produtos japoneses, 35% sobre bens canadenses e 50% sobre exportações brasileiras.
Esse quadro tarifário ampliado tem alimentado receios de disfunções no comércio internacional, com potenciais implicações negativas para a atividade global e, por consequência, para o consumo de energia.
Restrições da UE à Rússia têm efeito limitado sobre a oferta
A nova rodada de sanções europeias contra o setor de energia da Rússia teve recepção morna nos mercados, uma vez que sua eficácia em reduzir as exportações de Moscou é considerada improvável. Para analistas do ANZ, há “pouca expectativa” de que as medidas consigam restringir de forma relevante os embarques russos.
As sanções estão inseridas no contexto da prolongada guerra entre Rússia e Ucrânia, conflito que segue sem avanços concretos rumo a uma resolução, mesmo após reiterados apelos por cessar-fogo por parte dos Estados Unidos e aliados ocidentais.
Em seus primeiros estágios, a guerra provocou forte alta nos preços da commodity, que atingiram patamares historicamente elevados. Desde então, contudo, os mercados passaram a atribuir menor peso aos riscos de choque de oferta associados ao conflito.
Vale destacar que as sanções unilaterais dos Estados Unidos ao setor petrolífero russo seguem em vigor, com alcance mais severo do que as iniciativas europeias.