Investing.com - A cotação do petróleo estava em baixa nesta quarta-feira, já que investidores aguardam novos dados semanais sobre os estoques comerciais de petróleo bruto dos EUA para avaliar a força da demanda do maior consumidor de petróleo do mundo e a rapidez com que os níveis de produção irão continuar a subir.
A Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês), divulgará seu relatório semanal oficial de oferta de petróleo referente à semana encerrada em 30 de março às 11h30 desta quarta-feira em meio a expectativas de aumento de 1,4 milhão de barris.
Após os mercados fecharem na terça-feira, o Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês) afirmou que os estoques de petróleo dos EUA tiveram redução de 3,3 milhões de barris na semana passada uma vez que as refinarias aumentaram a produção.
No entanto, o relatório do API também mostrou um aumento em torno de 1,1 milhão de barris nos estoques de gasolina, ao passo que estoques de destilados, que incluem diesel para motores e óleo de aquecimento, tiveram redução em torno de 2,2 milhões de barris.
Frequentemente há fortes divergências entre os as estimativas do API e números oficiais da EIA.
Contratos futuros do petróleo bruto West Texas Intermediate recuavam US$ 0,56, ou cerca de 0,9%, com o barril negociado a US$ 62,95 às 05h05.
Enquanto isso, o petróleo Brent, referência para preços do petróleo fora dos EUA, recuava US$ 0,56, ou cerca de 0,8%, para US$ 67,56 o barril.
A cotação do petróleo fechou a terça-feira com alta modesta, já que investidores se sentiam confortáveis com os esforços da Opep para retirar o excesso de oferta do mercado.
Alexander Novak, ministro de energia da Rússia, afirmou na terça-feira que uma organização conjunta entre membros da Opep e externos à organização poderá ser estabelecida após o final do atual pacto de produção.
Em novembro do ano passado, a OPEP e outros produtores, incluindo a Rússia, concordaram em cortar cerca de 1,8 milhão de barris por dia da produção de petróleo para reduzir os estoques globais para a média de cinco anos. O acordo tem validade até o final de 2018.
No entanto, seus esforços têm sido de alguma forma sufocados pelo aumento na produção dos produtores de shale oil dos EUA, que não participam do acordo.
A produção norte-americana de petróleo chegou à máxima histórica de 10,43 milhões de barris por dia na semana passada, ficando acima dos níveis de produção da Arábia Saudita, principal exportador do mundo, e aproximando-se dos níveis da Rússia, maior produtor de petróleo do mundo.
Em outras negociações de energia, contratos futuros de gasolina recuavam 0,5% para US$ 1,961 o galão, ao passo que o óleo de aquecimento tinha queda de 0,9% e era negociado a US$ 1,977 o galão.
Contratos futuros de gás natural permaneciam estáveis em US$ 2,699 por milhão de unidades térmicas britânicas.