Investing.com - A cotação do petróleo passa por novo dia de forte queda nesta sexta-feira (15/1) e rompeu a barreira dos US$ 30. Às 15h40, os contratos para entrega em fevereiro perdem 6,4% de seu valor e são negociados a US$ 29,20. O Brent afunda 6,3% e é vendido a US$ 28,95.
A nova onda negativa para a commodity veio com a expectativa da retomada em breve das exportações do Irã, com o fim das sanções econômicas. A previsão é que o país persa tenha capacidade de elevar rapidamente sua produção inundando o mercado, que já se encontra sobreofertado.
Soma-se ao fim das sanções mais um dia de sell off no mercado chinês, com queda de 3,6%, que arrastou as bolsas mundiais para o vermelho. As dúvidas em relação à capacidade de manutenção do crescimento da segunda maior economia do mundo colocam pressão sobre a cotação da commodity ao apontar que o equilíbrio entre oferta e demanda poderá demorar mais tempo para ocorrer.
A redução do preço do barril já incomoda membros da Opep, cuja cotação média está na casa dos US$ 25/b. Nesta semana, o ministro do Petróleo da Nigéria, Emmanuel Ibe Kachikwu, defendeu uma reunião de emergência ainda neste trimestre para rediscutir a estratégia da organização.
No início de dezembro, a Opep decidiu manter a política de não reduzir as cotas de produção dos países membros e forçar o preço do petróleo para inviabilizar a extração mais custosa, como dos campos de shale dos EUA.
Com isso, projeções de três grandes bancos de investimento - Morgan Stanley (N:MS), Goldman Sachs e Citigroup - já esperam que o barril do óleo caia para a próximo dos US$ 20.
Petrobras
No Brasil, a Petrobras sofre com a cotação do petróleo em queda livre – somada à fala da presidente Dilma, que não descartou a capitalização da empresa. A ação preferencial (SA:PETR4) da companhia desaba 8,4% e as ordinárias (SA:PETR3), 7%.
O Ibovespa cede 3,36% e soma 38.173 pontos às 15h25.