Investing.com - O petróleo recuperou o patamar de US$ 50 por barril com as apostas que os britânicos decidirão permanecer na União Europeia. Os futuros de agosto em Nova York subiram 1,8% e são negociados a US$ 50,05/b, enquanto o Brent, vendido em Londres, ganhou 1,9%, a US$ 50,84/b.
O mercado da commodity tem sido tomado pelos sentimentos em relação ao desempenho da economia global e os impactos da decisão do Reino Unido. Os investidores acreditam que uma possível virada no resultado, apontando uma saída do bloco, poderá ser negativo para a commodity, pois aumentará a aversão ao risco, o que faz com que se desvalorizem ativos com menos seguros como commodities e ações.
A possível saída do Reino Unido ainda desencadearia uma busca pelo dólar, valorizando a divisa e colocando pressão sobre os demais ativos negociados na moeda, como o petróleo.
Apesar do ganho registrado nesta quinta-feira, revertendo grande parte das perdas da última semana com o temor do Brexit, os fundamentos do petróleo preocupam os analistas.
Ontem, a agência de energia dos EUA divulgou uma redução de 917 mil barris nos estoques, contra previsão de queda de 1,671 milhão de barris. Os dados adicionam pressão negativa para o petróleo enquanto sinais de uma produção maior pode se tornar realidade à frente. Apesar de nova queda na extração norte-americana – de 39 mil barris diários para 8,677 milhões de barris/dia – o número de sondas em atividade no país cresceu nas últimas três semanas.
Ainda EUA, os estoques de gasolina e de destilados aumentaram em, respectivamente, 627 mil barris e 151 mil barris, o que reduz a expectativa de maior demanda por produtos refinados.
A Nigéria também poderá retomar parte de sua produção perdida em breve, aumentando a sobreoferta de petróleo. O país conseguiu manter acordo com grupo rebelde que sabotou a infraestrutura de escoamento de petróleo, provocando a parada de campos e cortando a extração do país.