Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta quinta-feira, 15, em dia marcado por renovado apetite por risco nos mercados financeiros americanos após indicadores macroeconômicos que confirmaram a acelerada recuperação nos Estados Unidos.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do WTI com entrega prevista para maio avançou 0,49%, a US$ 63,46, enquanto o do Brent para junho subiu 0,54%, a US$ 66,94, na Intercontinental Exchange (ICE).
Após salto de quase 5% na véspera, as cotações iniciaram a sessão de hoje em baixa, com aparente realização de lucros. No entanto, uma sequência de dados econômicos nos EUA deu suporte aos negócios e ajudou a commodity a migrar para o território positivo.
Entre os números em destaque, os pedidos de auxílio-desemprego no país caíram ao menor nível em mais de um ano na semana passada, enquanto as vendas no varejo saltaram 9,8% de fevereiro a março.
Chefe de pesquisa do Julius Baer, Norbert Rucker avalia que o bom desempenho da atividade nos EUA já está tendo efeito no setor de energia, com o consumo de gasolina de volta aos níveis pré-pandemia. "Em meio ao aumento da demanda, vemos preços de petróleo subindo bem acima de US$ 70 por barril no meio do ano", projeta.
Entre os riscos para esse processo está o retorno da produção do ativo energético do Irã, que é alvo de sanções internacionais. Em dois relatórios divulgados esta semana, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a Agência Internacional de Energia (AIE) citaram separadamente grandes saltos na produção iraniana. O país produziu 2,3 milhões de barris por dia (bpd) em março, de acordo com a AIE.