Os contratos futuros de petróleo registraram ganhos, nesta terça-feira, 29. Investidores monitoravam o noticiário sobre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), que deve se reunir nesta semana e ajustar sua produção. Por outro lado, o impulso foi contido pela valorização do dólar e pelos riscos à reabertura econômica em alguns países trazidos pela variante delta da covid-19, mais contagiosa.
O petróleo WTI para agosto fechou em alta de 0,10% (US$ 0,07), a US$ 72,98 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para setembro subiu 0,19% (US$ 0,14), a US$ 74,28 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
No início do dia, o petróleo não mostrou sinal único, após ter caído mais de 1,5% na sessão anterior. Preocupações com a variante delta pesaram, já que essa cepa da covid-19 tem retardado o processo de reabertura econômica e a retomada de viagens em alguns países, como em parte da Europa. Ainda pela manhã, os contratos da commodity ficaram com sinal negativo, também afetados pelo dólar forte. O movimento no câmbio torna o petróleo mais caro para os detentores de outras divisas, o que tende a conter a demanda.
Mais adiante, porém, o petróleo ainda encontrou espaço para subir. Hoje, o Comitê Técnico Conjunto (JTC, na sigla em inglês) da Opep encerrou uma reunião sem fazer recomendações à Opep+, que terá reunião ministerial nesta semana. Na nota do JTC, o secretário-geral da Opep, Mohammad Barkindo, mostrou otimismo sobre a perspectiva de retomada na demanda, conforme os países conseguem contornar a crise da covid-19.
Na avaliação do Deutsche Bank, boa parte das notícias positivas no mercado de petróleo já foram precificadas. Com isso, o banco vê pouca margem para mais ganhos nesse mercado agora. O Deutsche diz que, já diante de expectativas positivas, com "preços altos" e "potencial reduzido para surpresas positivas", alguns investidores no mercado têm demonstrado impaciência e "embolsado lucros enquanto podem", vendendo seus contratos do óleo.